Sem muito tempo para festejar, Isaquias credita sucesso ao técnico
Brasileiro acredita que chegada de espanhol ao comando da canoagem velocidade ajudou muito sua evolução. Ele ainda disputa mais duas provas nos Jogos do Rio
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O sorriso estampado no rosto, o abraço nos familiares, diversas entrevistas e muito assédio do público. Tudo isso fez parte das comemorações de Isaquias Queiroz pela conquista da medalha de prata na prova C1 1.000m na canoagem velocidade nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira, no Estádio da Lagoa, na Lagoa Rodrigo de Freitas. E tudo isso tinha uma explicação. Conquistar uma láurea em uma Olimpíada já é um grande feito. Imagine, então, quando ela é a primeira de sua modalidade na história do país.
Isaquias, de 22 anos, não conseguiu bater o agora bicampeão olímpico, o alemão Sebastian Brendel, na decisão. Mas a prata não diminuiu em nada a festa do atleta.
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- A prova foi muito boa. Gostei muito da corrida. O alemão é um cara muito bom, todos os jornalistas e o pessoal do Brasil sabiam disso. Ele não é imbatível, nenhum atleta é imbatível. Mas ele teve mérito, ganhou pela dedicação dele. Eu sou novo ainda, tenho 22 anos, tenho pouco tempo e este é meu primeiro ciclo olímpico. Na próxima, eu vou treinar muito mais, estarei muito melhor em Tóquio – comentou o brasileiro.
Principal revelação da canoagem velocidade, e um dos principais novatos entre todas as modalidades olímpicas do Brasil, Isaquias tem uma explicação para o resultado histórico: a chegada do técnico espanhol Jesús Morlan, contratado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em junho de 2013.
- Em 2012, eu tinha sumido do mapa da canoagem. Nem sei se estava pensando na Olimpíada do Rio. Mas, em 2013, o COB fez uma contratação muito importante. Com Morlán, os resultados do Brasil melhoraram muito na canoagem. Fomos para Mundial logo na primeira temporada e conseguimos medalhas de prata, bronze e ouro. Acho que sem ele eu não teria ganhado essa medalha. O pessoal pode falar que eu tenho talento, mas sem um bom cara para lapidar o diamante não tem como chegar a um ponto certo. Sem ele não teria ganhado essa medalha. O cara tem cabeça, tem seis medalhas no currículo. Não é para qualquer treinador. Ele sabe treinar o atleta e é como um pai para mim, sempre me incentivou – explicou o atleta.
O canoísta agora nem vai ter muito tempo para comemorar o resultado Nesta quarta-feira, já volta para as raias na Lagoa Rodrigo de Freitas para disputar as eliminatórias do C1 200m. Dois dias depois, na sexta-feira, começa a disputa do C2 1.000m. A expectativa é por mais medalhas, ainda mais porque a C1 1.000m é a competição que ele sempre demonstrou ter mais dificuldades.
- Todas as provas têm sua dificuldade. O C1 1.000m é pela resistência, o C1 200m é pela largada e velocidade, o C2 1.000 m é pelo parceiro, porque às vezes a remada pode não encaixar. Remei muito bem, estou feliz com a medalha de prata. Agora, é ver o que posso fazer nos 200m e no C2 1.000m - disse.
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