Sem peso nas costas e longe de rival, Mayra busca outra medalha olímpica
Medalhista de bronze em Londres-2012, brasileira só pode encontrar Kayla Harrison na decisão da categoria meio-pesado
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Mayra Aguiar, talvez, seja a judoca do Brasil mais cotada a ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Já era assim antes mesmo da definição da chave da categoria meio-pesado feminino (até 78kg). Imagine então após a o anúncio dos cabeças de chave do torneio. A brasileira ficou em um lado diferente da americana Kayla Harrison. Assim, um encontro entre as duas rivais só aconteceria na decisão, hoje, na Arena Carioca 2.
Mas se engana quem pensa que Mayra está acomodada com essa situação, muito pelo contrário. A atleta está ciente que o caminho até a decisão vai ser complicado, ainda mais após algumas surpresas já terem aparecido na competição em outros pesos.
- Ela é uma atleta muito forte, que me fez evoluir. Acho que todas as competidoras que me incomodaram muito foram as que mais me fizeram evoluir. Então, tenho de agradecer a essas pessoas. Só que tem muita atleta forte na categoria, não posso ficar focada somente em uma. Para chegar à final, que seria uma luta com ela, precisaria passar por outras adversárias, que são lutas fortíssimas. Então, não posso focar só em uma – declarou a brasileira.
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No confronto direto, Mayra e Kayla já se enfrentaram em 17 oportunidades, com vantagem da americana: 9 a 8.
Apesar de garantir não ser é um incômodo falar sobre sua principal rival, Mayra muitas vezes não cita o nome dela durante as entrevistas.
Se o assunto Kayla chega a ser repetitivo, a brasileira mostra estar tranquila em relação à pressão por um bom resultado. Campeã mundial em 2014 e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, a judoca acredita que não precisa mais provar nada a ninguém.
- Não tenho (peso nas costas). Estou muito feliz com o que eu tenho hoje, com o que eu conquistei. Independentemente dos resultados, a minha caminhada foi muito feliz, muito alegre. Estou fazendo o que eu gosto. Amo isso. Não tem motivo para ficar em uma situação ruim. A gente fica nervosa e ansiosa. Mas se você começa a pensar, quantos atletas não queriam estar no nosso lugar, aqui , treinando para uma Olimpíada? A gente tem de viver intensamente isso, é isso que eu estou procurando fazer. Isso está me deixando extremamente feliz – declarou a brasileira.
Em sua preparação para os Jogos Olímpicos, Mayra fez algo diferente das demais companheiras. Enquanto o grupo viajou para a Europa para treinar com outras seleções, ela seguiu no Brasil para fazer um trabalho com o time masculino.
- Foi uma escolha mais técnica. Naquele momento, precisava de uma parte mais tática e técnica, que não conseguiria viajando. Fiquei com o masculino e foquei no que eu precisava e o que foi importante para mim – explicou.
- É muito diferente lutar com um homem, a força é maior. Mas é uma força que as atletas com quem eu luto têm, então, fica uma realidade mais próxima da que eu tenho. Aqui, não tem tanta atleta do meu peso. Eles ajudam mesmo, saem na porrada. É isso que eu preciso – completou.
Relaxada, bem treinada e com bom conhecimento de suas adversárias, Mayra está pronta para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
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