A três dias dos jogos, falhas técnicas na segurança ainda preocupam
Equipamentos de raios-x e scanner para verificação de credenciais não funcionam em boa parte das instalações olímpicas
A três dias da abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a segurança segue como principal tema de preocupação. Boa parte das instalações olímpicas segue operando sem máquinas de raio-x para revista de bolsas e bagagens, bem como sem scanner para reconhecimento eletrônico de credenciais.
Reportagem de Guilherme Costa e Gustavo Franceschini, do UOL, mostra que locais como o Estádio Olímpico Nilton Santos, o Riocentro, a Marina da Glória, o Sambódromo, a arena do vôlei de praia e o Parque dos Atletas seguem sem as verificações eletrônicas, embora já estejam recebendo, diariamente, atletas e profissionais de imprensa. Com isso, as revistas têm sido executadas manualmente, mas sem um procedimento padrão: em algumas instalações, a passagem só é liberada após fiscalização minuciosa; em outras, basta uma revista superficial para garantir o acesso.
Apesar dos problemas, o Comitê Organizador das Olimpíadas garante ser possível manter atletas e torcedores em segurança apenas com a revista manual efetuada pelos agentes de segurança.
As dificuldades com raios-x e scanners para verificação de credenciais vêm se estendendo desde que foi constatada a incapacidade da Artel, empresa contratada para ser responsável pela revista e operação das máquinas, em recrutar profissionais suficientes para o trabalho. O contrato - no valor de R$ 21 milhões - com a empresa foi rescindido e a operação do maquinário recaiu sobre os homens da Força Nacional. A Secretaria Extraordinária para Segurança de Grandes Eventos (Sesge) recorreu, emergencialmente, à contratação da empresa Sunset, de modo a viabilizar o uso dos equipamentos de segurança a partir da abertura do Parque Olímpico. No entanto, não há previsão de que o contrato com a empresa seja estendido para outras instalações dos jogos.