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Vai ter climão no pódio? Thiago Braz admite não ser amigo de Lavillenie

Brasileiro campeão do salto com vara na Rio-2016 diz que não tem relação de amizade com o francês, que rebate: 'não faço salto com vara para fazer amigos'

Thiago Braz salta para a conquista do ouro para o Brasil
(Foto: Fabrice COFFRINI / AFP)

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Nesta terça-feira à noite, a partir das 21h, quando começar a cerimônia de premiação do salto com vara masculino, um detalhe poderá chamar a atenção além da festa da torcida pela vitória de Thiago Braz, obtida de forma fantástica na noite de segunda-feira: a reação dele ao lado do francês Renaud Lavillenie, de quem tirou a medalha de ouro e também o recorde olímpico. O motivo é que os dois admitem não ser amigos, embora tentassem manter um clima cordial após a prova.

- Na realidade ele nem fala comigo atualmente, faz um ano e meio que ele não fala direito comigo. Não sei o que aconteceu entre a gente. Sempre tentei criar esse ambiente de amizade com ele, de ser amigo, estar junto. Mas depois que mudei de treinador, houve alguma coisa, não sei se chegou alguma informação desencontrada que eu estava contra ele ou não estava, que não caiu bem. Só que isso não saiu de dentro de mim. Já o americano [Sam Kendricks] me deu um abraço. Gosto dele - explicou Braz, ainda na zona mista.


O que pode mesmo ter acirrado os ânimos foi o episódio que marcou a troca de treinador do brasileiro. Antes orientado por Elson Miranda, marido e técnico de Fabiana Murer, Thiago Braz há cerca de um ano e meio resolveu passar a ser treinado pelo ucraniano Vitaly Petrov, o mesmo que treinou a russa Elena Isinbayeva.

Nos bastidores, Elson acusou Petrov de ter "roubado" o seu atleta, que inclusive competia pelo clube BM&F. O eco da briga chegou a Lavillenie, que é amigo de Elson e também de Fabiana Murer. Se isso vem influenciando nas relações entre eles, só mesmo os protagonistas podem responder.

Cuidadoso com as palavras, especialmente depois de ter comparado as vaias da torcida brasileira na segunda-feira ao que fez o público nazista com Jesse Owens nos Jogos de Berlim-1936, Renaud Lavillenie preferiu desconversar sobre uma possível inimizade entre ele e o brasileiro campeão olímpico.

- Faz um ano que não nos vemos muito. Ele mora na Itália e eu na França, talvez esta seja a segunda competição que disputamos juntos. Acho ele um cara legal, muito talentoso, mas não posso dizer que é meu amigo próximo. Na verdade, não faço salto com vara para fazer amizades e sim competir - disse o saltador francês.

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