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Yane tenta quebrar ‘sina’ do Brasil: só um porta-bandeira levou ouro

Desde que as delegações passaram a desfilar com porta-bandeiras, o responsável por levar a do Brasil dificilmente deixa os Jogos como campeão olímpico

Yane Marques será a porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura da Rio-2016
imagem camera(Foto: Arquivo Lance)
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Lance!
São Paulo
Dia 02/08/2016
14:36
Atualizado em 03/08/2016
12:15

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Yane Marques foi escolhida via votação popular e será a porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura da Rio-2016. A atleta do pentatlo moderno terá a honraria quatro anos depois de ser medalha de bronze em Londres. Candidata a repetir o pódio, ela sonha com o ouro. Mas pode ser vítima de uma "sina" dos porta-bandeiras da história olímpica brasileira.

Ser porta-bandeira do Brasil em Jogos Olímpicos nunca foi bom sinal para os atletas. Apenas um dos 19 encarregados de liderar o desfile da delegação brasileira (a tradição foi iniciada em 1920, em Antuérpia, e alguns atletas repetiram o gesto) saiu da mesma Olimpíada com a medalha de ouro. 

Alguns nomes claramente favoritos a conquistar o título olímpico acabaram derrotados dias após carregarem a bandeira: Robert Scheidt, por exemplo. Ele havia sido ouro na classe Laser da vela em 1996 e em 2004, mas em 2008, quando foi o porta-bandeira, foi "apenas" prata na Star.

Só Torben Grael, também da vela, quebrou a escrita: em 2004, venceu a classe Star, ao lado de Marcelo Ferreira.

Veja abaixo a lista dos porta-bandeiras brasileiros e suas participações nas mesmas Olimpíadas - será que Yane se torna a segunda a quebrar a sina?

2012 – Rodrigo Pessoa – Hipismo
O cavaleiro brasileiro foi porta-bandeira oito anos após ser ouro em Atenas (foi 5° em Pequim, antes de desclassificação por doping de seu cavalo). Mas não foi bem após a honraria: acabou em 22° em Londres, o último na final.

2008 – Robert Scheidt – Vela
Bicampeão da classe Laser em 1996 e 2004, Scheidt foi aos Jogos de Pequim para disputar a classe Star, ao lado de Bruno Prada. Campeões do mundo em 2007, não repetiram a cor da medalha nas Olimpíadas, ficando com a prata após começo fraco na competição.

2004 – Torben Grael – Vela
O recordista brasileiro em medalhas olímpicas (cinco) é o único atleta do país até a atualidade que conseguiu ser medalha de ouro no ano em que carregou a bandeira na Cerimônia de Abertura. Venceu ao lado de Marcelo Ferreira.

2000 – Sandra Pires - Vôlei de Praia
Sandra havia conquistado o ouro ao lado de Jackie Silva na estreia da modalidade, em Atlanta-1996. Para Sydney, mudou a parceria e competiu com Adriana Samuel, que havia sido prata quatro anos antes. Ambas caíram degraus no pódio: foram bronze.

1996 – Joaquim Cruz – Atletismo
Joaquim Cruz foi ouro em 1984 e  prata em 1988 na prova dos 800 metros. Já longe do auge e sem ter participado dos Jogos de 1992 por lesão, carregou a bandeira em 1996, mas não passou das eliminatórias.

1992 - Aurélio Miguel - Judô
Ouro em 1988 na categoria meio-pesado, rompeu com a Confederação Brasileira de Judô e só voltou a treinar perto das Olimpíadas. Acabou não avançando na chave. Em 1996, foi bronze – sua única Olimpíada fora do pódio foi aquela em que carregou a bandeira.

1988 – Walter Carmona - Judô
Mais um que foi porta-bandeira uma Olimpíada após ser medalhista (bronze em Los Angeles). Não repetiu o sucesso em Seul.

1984 – Eduardo Souza Ramos - Vela
O Brasil havia vencido dois ouros na vela em 1980 (os únicos do país nos Jogos). Para homenagear o esporte, Eduardo carregou a bandeira, mas saiu sem medalha. A vela acabou só com uma prata.

1976/1980 - João do Pulo - Atletismo
Então recordista mundial do salto triplo desde 1975, João do Pulo chegou como favorito aos dois Jogos em que carregou a bandeira. Foi bronze em ambos.

1972 - - Luiz Cláudio Menon – Basquete
Campeão mundial com a seleção em 1963, foi homenageado em 1972. O Brasil acabou em sétimo.

1968 - João Gonçalves Filho - Polo Aquático
João Gonçalves participou dos Jogos de 1952 e 1956 como nadador e de 1960, 1964 e 1968 como jogador do polo aquático. Não conseguiu medalhas.

1964 – Wlamir Marques – Basquete
O Brasil era bicampeão mundial de basquete ao entrar nos Jogos de 1964, com Wlamir Marques sendo o craque da equipe. Mas não foi possível o ouro: o time chegou ao bronze, como em 1960.

1960 – Adhemar Ferreira da Silva – Atletismo
O primeiro bicampeão olímpico do país foi porta-bandeira nos Jogos seguintes às suas medalhas. Já fora do auge e com problemas pulmonares, não passou das eliminatórias.

1956 – Wilson Bombarda – Basquete
O basquete brasileiro não passou da sexta colocação no ano em que Bombarda foi porta-bandeira.

1952 – Mario Jorge da Fonseca Hermes – Basquete
A escolha foi feita para homenagear o bronze conquistado no basquete em 1948. Mas o time acabou apenas em sexto.

1936/1948 - Sylvio de Magalhães Padilha – Atletismo
Medalhista de ouro em diversos sul-americanos nos 100 m e 400 m com barreiras, não alcançou a glória nos Jogos.

1932 – Antonio Pereira Lira – Atletismo
O atleta brasileiro foi o último colocado no arremesso de peso no ano em que carregou a porta-bandeira.

1924 – Alfredo Gomes - Atletismo
O corredor de cross-country não conseguiu completar a prova (que não é mais olímpica) no ano em que foi o porta-bandeira.

1920 - Afrânio Antônio da Costa - Tiro
Afrânio foi o primeiro medalhista da história do Brasil, no tiro, na prova da pistola de 50 m. Também conseguiu o bronze na pistola livre por equipes, mas não levou o ouro, iniciando então a "sina" brasileira.

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