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Santos acerta ataque, mas precisa evitar a ‘síndrome do primeiro tempo’

Time de Jair Ventura teve outro primeiro tempo abaixo da crítica e quase foi para o intervalo em desvantagem novamente, mas vê trio de ataque na configuração ideal

Santos x Paraná
imagem cameraEm 'nova' posição, Gabigol marcou cinco gols em dois jogos na mesma semana (Foto: Ricardo Moreira/Fotoarena)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 13/05/2018
23:59
Atualizado em 14/05/2018
07:00

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Após um primeiro tempo sonolento na Vila Belmiro, o Santos mudou de postura e foi mais ofensivo na segunda etapa, em partida válida pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, no último domingo. A equipe paulista aproveitou os espaços oferecidos pela defesa do Paraná, e com um de Rodrygo e dois de Gabigol, venceram por 3 a 1. Os talentos individuais mais uma vez foram destaques na equipe santista e a vitória traz mais confiança para o Peixe, depois de dois bons resultados que sucederam uma derrota dolorosa para o Grêmio.

Embora o segundo tempo da equipe tenha sido bom, os primeiros 45 minutos deixaram a desejar. Gabigol e Dodô buscavam seus espaços no campo ofensivo, mas não conseguiram levar perigo ao gol do goleiro David. Vitor Bueno ficou devendo mais uma vez e não apresentou o futebol que a torcida e Jair esperam dele, assim como Jean Mota, que pode oferecer mais qualidade e potencial durante as partidas.

Poder ofensivo

Mais uma vez os destaques ofensivos do Peixe responderam positivamente em campo. Rodrygo, Sasha e Gabigol fizeram boa partida e demonstraram entrosamento. Sasha contribuiu com duas assistências, Gabigol com dois gols e Rodrygo abriu o placar no primeiro minuto do segundo tempo. Depois dos dois primeiros tentos marcados, o Santos aproveitou os contra-ataques e não demorou muito para que o terceiro saísse. Não é à toa que a equipe costuma ir muito bem quando esse trio está inspirado, o que gera grande expectativa na torcida santista.

Desgaste

Presente em três competições simultâneas (Campeonato Brasileiro, Copa do brasil e Libertadores), o Santos vem sentindo a maratona, algo que pode levar o técnico Jair Ventura a poupar alguns jogadores. No mês de maio serão nove jogos ao todo e nomes como Alison, dão sinais de desgaste e devem ser poupados. O comandante alvinegro não escondeu a preocupação com o volante e com o seu grupo após a partida

- O Alison vem de um desgaste muito grande, na outra partida ele não suportou os 90 minutos. Ele corre demais, ele estava com dificuldades de suportar. Vou sentar com o departamento médico, ao todo são 11 departamentos e vou analisar individualmente cada jogador e vamos segurar um pouco caso alguém precise. Esse mês vamos fazer nove jogos em 30 dias, isso é uma loucura. Jogará quem estiver apto - afirmou Jair.

Atuação do Peixe

Na opinião do comandante santista, a performance de seu time neste domingo foi mais importante do que o resultado final da partida, embora tenha ficado bastante evidente que o time demorou para engrenar nesses dois últimos duelos. A única diferença foi não ter levado o gol antes de precisar correr atrás do resultado, como aconteceu contra o Luverdense. O Paraná criou chances e quase foi para o intervalo em vantagem, não fosse Vanderlei e a pontaria falha de Silvinho, que no fim acabou descontando para o time visitante.

Para Jair, essas oscilações fazem parte do processo de maturação da equipe durante a temporada, preferindo analisar o contexto e os detalhes daquilo que seus jogadores apresentam, do que se quebrar a cabeça com a falta de chance de gols na etapa inicial. 

- Estamos aqui para avaliar a performance e não o resultado, temos que analisar os dois. Eu gostei do primeiro tempo, mas aí no segundo tempo saíram os gols e pareceu melhor. Criamos diversas chances, tivemos o controle do jogo e 70% de posse de bola. Se você fica assim, está muito mais próximo do gol - avaliou o treinador.

Com Rodrygo cada vez mais dono do lado esquerdo do ataque, Eduardo Sasha centralizado no comando e Gabigol pelo lado direito, Jair parece ter encontrado a configuração ideal de sua linha ofensiva, principalmente pelo fato de ter conseguido que seu camisa 10 voltasse a marcar gols. Foram cinco em dois jogos. O que falta, aparentemente, é o equilíbrio entre os tempos dos jogos, pois nem sempre o adversário deixará de aproveitar as oportunidades e trará tanta facilidade para os homens de frente. Bom momento para acertar os detalhes.

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