ANÁLISE: Trabalho de Odair regride e Santos chega ao ápice da pobreza tática no ano
Derrota diante do Newell's Old Boys expôs falta de padrão do time e deficiências coletivas
A derrota do Santos por 2 a 1 para o Newell's Old Boys pela 5ª rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana praticamente eliminou o Alvinegro da competição. Consolidada a queda, será a terceira somente neste primeiro semestre - junto com as eliminações no Paulistão e na Copa do Brasil.
Por trás de resultados tão abaixo do esperado, está o trabalho de Odair Hellmann, que ainda não engrenou na temporada. Ainda que o time tenha dado sinais de evolução em certo momento do ano, especialmente no início do Brasileirão, não houve sequência. Hoje, não é exagero dizer que o trabalho do treinador tenha regredido ao (baixo) nível apresentado no estadual.
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Alguns aspectos podem ser listados como causadores desta instabilidade do time. As quantidade de mudanças na equipe é uma. Odair já experimentou várias formações táticas, do 4-4-2 em linha até o 3-5-2, passando ainda pelo 4-4-2 com losango no meio-campo e até o 4-2-3-1.
Essas mudanças de sistema resultam em um time que não tem padrões e princípios táticos claros. Você, torcedor santista, consegue definir o 'estilo' de jogo do seu time? O Santos ataca pelo centro ou pelas pontas? Gosta da posse ou busca o contra-ataque? Como inicia e como finaliza suas jogadas? É possível responder a essas perguntas?
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Sem padrões, o time que deveria funcionar de maneira coletiva acaba dependente de individualidades para conquistar resultados. Já foi Lucas Lima, João Paulo, Marcos Leonardo, Dodi, Deivid Washington... praticamente a cada semana um jogador diferente se torna a nova esperança do Santos para um bom rendimento da equipe.
Mas, e quando as individualidades não funcionam, o que sobra? O jogo da Sul-Americana deveria servir como exemplo para reflexão. Hoje, a pobreza tática do time do Santos é evidente, e Odair Hellmann está entre os responsáveis por isso.