Escrito por Lance!
Uma situação desconfortável alimenta os bastidores do Santos nos últimos dias. Recém-contratado, meia Bryan Ruiz foi apresentado com a camisa 10, falou mais de uma vez sobre o significado do número que pertenceu a Pelé, mas dificilmente irá usá-lo. A camisa pertence a Gabigol. Pessoas próximas ao atacante, inclusive, se surpreenderam com a atitude do Peixe, que pareceu ter se esquecido de seu Menino da Vila.
O Peixe alega que o "problema" será resolvido pelo departamento de futebol, quando o meio-campista retornar ao Brasil. Por enquanto, não informa qual será o número do novo jogador. Gabriel não tem a intenção de abrir mão do número do qual é fã. A diretoria, embora responsável pela apresentação do atleta com a 10, não irá se meter na resolução do caso - em foto, Bryan aparece ao lado do presidente José Carlos Peres e de seu vice, Orlando Rollo.
Bryan demonstrou não ter conhecimento de que o número pertence a um companheiro de clube considerado importante no elenco. Ambos foram apresentados com pompa em 2018. Gabriel, inclusive, chegou com status de referência ao Alvinegro, clube pelo qual foi formado. Agora, na iminente necessidade da contratação de um meio-campista que vivida pelo Santos no primeiro semestre, o costarriquenho chegou com alvoroço.
Bryan curte férias na Costa Rica e, ao menos no clássico contra o Palmeiras, marcado para a próxima quinta-feira, no Pacaembu, é certo que Gabigol permanece com a camisa 10 nas costas. A tendência é que o armador receba outra camisa. Nas redes sociais, o Peixe chegou a mencionar o meia como o camisa 10 alvinegro.
- Para mim é óbvio que representa o número 10 no Santos. A usarei com toda responsabilidade. O Rei só há um. É uma honra vestir a 10, mas para mim vai ser mais importante o que fizermos com a parte da frente da camiseta, que traz o escudo do Santos - ponderou Bryan Ruiz em vídeo publicado em seu Twitter, na última quinta-feira. Na apresentação, o jogador tentou não dar tanta importância ao número da camisa.
Companheiro desconversa
O zagueiro Gustavo Henrique, escolhido para conceder entrevista coletiva na última sexta-feira, preferiu desconversar sobre o tema, embora tenha ponderado que liberaria o número para um companheiro mais experiente, caso isso fosse necessário.
-Não conversamos com Bryan. Ele é tranquilo quanto a isso, jogou com outros números e conquistou a 10, é um cara experiente, que pode nos ajudar muito. Faremos com que ele se sinta à vontade. Numeração não tem nada a ver. Eu sempre sonhei em jogar com a 6, meu ídolo era o Alex, mas se viesse alguém experiente, eu cederia. Numeração não tem nada a ver - afirmou.