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Gestão do Santos alega ilações em parecer fiscal como defesa a reprovação das contas de 2019

Em reunião realizada nesta terça-feira, por videoconferência, o presidente José Carlos Peres fez fala breve e cedeu a argumentação ao gestor Pedro Dória

José Carlos Peres
Gestão atual, presidida por José Carlos Peres, se encerrá neste ano (Foto: Ivan Storti/Santos)

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Após as contas de 2019 serem rejeitadas pelo Conselho Deliberativo do Santos em reunião realizada em modelo de videoconferência na última terça-feira, o Comitê de Gestão do clube prepara a formalização da sua defesa, que deverá ser apresentada nos próximos dez dias para nova votação entre os conselheiros.

Vale lembrar que o relatório aponta superavit de R$ 23,5 milhões, mas os apontamentos que alegam gestão temerária estão relacionados a pormenores, como o repasse de comissão ao empresário Renato Duprat, na venda do atacante Bruno Henrique ao Flamengo, em 2019, gastos excessivos no cartão corporativo etc.

No encontro online, dois integrantes do Comitê de Gestão estiveram presentes para apresentar as defesas do grupo: o presidente José Carlos Peres e o gestor Pedro Dória. Peres fez uma fala rápida, com menos de cinco minutos, passando a Dória a responsabilidade de defender o CG aos conselheiros.

– Com todo o respeito aos conselheiros, peço humildemente para que a deliberação seja baseada exclusivamente nas questões técnica, corroboradas com evidências concretas, sem paixões políticas. A eleição e delegação de um novo mandato está muito próximo, sendo o momento ideal para o julgamento da atual gestão – disse Peres em trecho obtido pela reportagem.

– Como é do conhecimento de todos, os clubes brasileiros têm passado por dificuldades financeiras, agravadas agora com a pandemia e exigindo de todos nós mudanças de abordagem e união de esforços para o bem maior, o santo Futebol Clube – concluiu o presidente santista.

Após apresentar as razões da gestão, Pedro chegou a ser confrontado pelo representante do Conselho Fiscal, Sylvio Figa, antes do Conselho Deliberativo aceitar, por ampla maioria, o parecer do CF: 115 votos favoráveis, 10 contrários e 11 abstenções.

– O debate era as demonstrações financeiras de 2019 e a todo momento o que se discute não são as demonstrações financeiras e, sim, ilações, ataques de um lado, hipóteses e nada absolutamente de concreto – disse Dória em entrevista ao podcast “De Olho no Peixe”.

– O clube claramente honrou com os compromissos relacionados ao Profut, teve um superavit contábil, oi avisado em 2018, fizeram um tumulto em relação ao dinheiro do Rodrygo, que não poderia ser contabilizado, houve um deficit e a gente avisava que esse dinheiro seria contabilizado em 2019. Pois bem, foi contabilizado em 2019 e agora querem se negar a aceitar esse fato – acrescentou o gestor.

Após a entrega formal das defesas por parte do Comitê de Gestão, a presidência do Conselho Deliberativo convocará nova votação, entre 20 e 30 dias. Caso os conselheiros mantenham a decisão inicial, o assunto será encaminhado a Comissão de Inquérito e Sindicância, que analisará os autos do processo e indicará as medidas através de um parecer, que será novamente colocado sob eleição no egrégio. Contudo, um grupo de conselheiros da oposição já preparam um pedido de afastamento do atual presidente à Mesa Diretora do CD.

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