Em liminar judicial, Peres classifica afastamento da presidência do Santos como ‘golpe’ e pede retorno
Presidente afastado do Peixe já havia pedido o cancelamento da reunião do Conselho Deliberativo que culminou na sua suspensão temporária
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Após ter o processo de impeachment aberto e ser afastado da presidência santista pelo Conselho Deliberativo na última segunda-feira (28), José Carlos Peres entrou com uma liminar na 11ª Vara Cível do Foro da Comarca de Santos, requerendo a sua recondução ao cargo máximo do Peixe.
A ação aponta o que considera algumas irregularidades na tramitação do afastamento, como: a alteração estatuária que incluiu a necessidade durante o curso do mandato do presidente; o Conselho Delibertivo não ser o órgão correto para afastamento, mas sim a Assembleia de Sócios, que o elegeu; a falta de urgência para o afastamento; o destaque esportivo do Santos FC; a falta de consideração a ampla defesa, que poderá ser utilizada pelos afastados nos próximos 10 dias; a presença de candidatos à presidência do Santos, em eleição a ser realizada em dezembro, na votação, exercendo o cargo de conselheiros.
Por fim, a defesa de Peres classifica a suspensão temporária do mandato como golpe, e pede a retomada do seu mandato, considerando o afastamento ilegal e leviano.
Em documento emitido pelo advogado Gilberto Miranda de Aquino, também é relatado que uma tutela para a anulação da reunião do Conselho havia sido emitida na última sexta-feira (25), mas não apreciada a tempo por conta das demandas da Vara.
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AFASTAMENTO DE PERES
Em reunião, os conselheiros foram favoráveis a indicação da Comissão de Inquérito e Sindicância que em face de alegações do Conselho Fiscal, classificou a gestão de 2019 como temerária, mesmo apresentando superavit de R$ 23,5 milhões. Dentre as irregularidades apontadas estão pagamento não registrado no balanço do clube de comissão a empresários, aumento considerável na receita santista e mau uso do cartão corporativo, que foi considerado confesso após a CIS contestar a defesa dos gestores.
Além de Peres, os sete membros do Comitê de Gestão foram afastados dos seus cargos. São eles: Anilton Perão, Estevam Rujas, Fabio Gaia, José Bruno Carbone, Matheus Rodrigues, Paulo Schiff e Pedro Doria.
POSSE DE ROLLO
O vice-presidente, Orlando Rollo, apresentou a sua defesa separadamente, já que era rompido com a gestão desde os primeiros meses de mandato, em 2018. Absolvido pela Comissão de Inquérito e Sindicância, foi absolvido, e assumiu interinamente o Alvinegro Praiano já nesta terça-feira (29).
Pela manhã, o presidente em exercício compareceu ao CT Rei Pelé para conversar com os jogadores e comissão técnica antes da viagem do grupo ao Paraguai, onde o Santos defende a sua classificação na Conmebol Libertadores contra o Olimpia, às 19h, em Assunção.
Na parte da tarde, Rollo se dirigiu à Vila Belmiro, onde concedeu entrevista esclarecendo as pendências administrativas e financeiras do Peixe, assumindo não ter previsão de caixa para solucionar os desfalques financeiros e a prioridade em resolver esses problemas para entregar o clube organizado para o próximo presidente, que assume em janeiro de 2021.
Além disso, Orlando nomeou novos gestores, em especial Mario Badures, que, segundo o presidente em exercício, embora não oficial, será uma espécie de vice durante os próximos três meses, além da criar o “Comitê de Transição”, órgão que juntará indicados dos oito concorrentes à presidência santista para auxiliar no próximo mandato. O grupo será presidido por Marisa Brígida Mendes.
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