Presidente do Santos considera reprovação das contas de 2019 ato político: ‘Querem entrar no Executivo’
José Carlos Peres defendeu-se de acusações quanto a gastos excessivos com o cartão corporativo e pagamento de comissão na venda de Bruno Henrique
O presidente do Santos, José Carlos Peres, está na mira de um novo pedido de impeachment. No dia 30 de junho, o Conselho Deliberativo santista votará o relatório do Conselho Fiscal que reprovou as contas do clube de 2019.
O mandatário do Peixe defendeu-se alegando o processo como político, não técnico, e disse que está apresentando as defesas para cada item no qual é acusado.
– Já estamos respondendo questão por questão dos apontamentos. Não tivemos problema nenhum com o ProFut, não vamos perdê-lo por isso. Vamos passar para os conselheiros entenderem que este relatório é absolutamente político e não técnico. Isto é lamentável – afirmou em entrevista à Fox Sports.
O relatório encaminhado ao Conselho Deliberativo aponta irregularidades por conta do pagamento de comissão a uma empresa ligada ao empresário Renato Duprat, na venda do atacante Bruno Henrique com o Flamengo, além de gastos excessivos com o cartão corporativo, entre eles com a compra de uma lingerie.
– Gastamos em punições, mas em comissões fomos o antepenúltimo dos grandes que gastamos. Eles querem entrar no executivo. Vamos defender e esperamos que tenha bom senso por parte deles. É ruim para o clube ter afastamento de um presidente por causa de política – pontuou Peres.
– O cartão corporativo não houve gasto excessivo, não uso faz tempo. Quem usa é o Departamento de Futebol. A questão da lingerie é uma grande mentira, vou processá-los por isso. Comprei desodorante de ambiente, foi usado no Bussiness Center. Temos as embalagens e a nota fiscal, deu 98 reais. Ninguém compra lingerie por 98 reais – concluiu.
Caso os conselheiros aprovem o parecer do Conselho Fiscal, a parte processada terá direito de defesa através da Comissão de Inquérito e Sindicância, que emitirá um novo parecer que será votado em nova reunião do Conselho Deliberativo. Caso o relatório da CIS for aprovado, Peres terá que ser afastado do cargo até a realização de uma Assembleia de Sócios que definirá a sua permanência, ou não, à frente da presidência do Santos.