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Primeiro venezuelano no Santos, Breitner avalia colegas e passagem no clube

Breitner foi promessa das categorias de base, subiu ao profissional na geração de Neymar e foi campeão da Copa do Brasil de 2010, mas não se firmou no profissional

100 meninos da Vila, 99 Breitner
imagem cameraBreitner foi o primeiro venezuelano a defender o Santos (foto:Divulgação)
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Lance!
SANTOS (SP)
Dia 10/08/2021
10:25

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O Santos apresentou nesta segunda-feira o venezuelano Matias Lacava, que será o terceiro jogador do país a atuar pelo Peixe. Ele tenta repetir o sucesso de Soteldo, vendido ao Toronto FC. No entanto, a relação da Venezuela com o Santos começou há mais tempo, com outra promessa: Breitner.

Também meia baixinho, naturalizado brasileiro, ele foi promessa das categorias de base do Peixe e subiu ao profissional do clube na geração Neymar. Em entrevista ao LANCE!/DIÁRIO DO PEIXE, Breitner falou da relação com o Santos.

- Fui o primeiro venezuelano a jogar no Santos e a ser campeão em todas as categorias de base e no profissional. Conquistei títulos importantes que marcaram uma geração incrível - lembrou o jogador.

Breitner começou a jogar no Santos no Sub-15. Foi campeão paulista Sub-20 em 2007 e 2008 e subiu ao profissional em 2010 junto com a geração Neymar. Ele, inclusive, fez um gol na campanha do título da Copa do Brasil de 2010, na vitória por 3 a 2 sobre o Guarani, em Campinas. No entanto, o jogador não conseguiu se firmar no profissional e, em 2011, foi emprestado ao Figueirense e ao Criciúma.

Em 2012, o venezuelano voltou ao Peixe, mas novamente nã0 convenceu e, depois do Paulista, foi emprestado ao Náutico. Depois ainda passou por Araxá em XV de Piracicaba. Em 2014, sem espaço na Vila Belmiro, o meia entrou na Justiça para conseguir a rescisão contratual alegando atraso no pagamento de direitos de imagem e conseguiu a sua liberação.

Ele acertou então com o Mineros, da Venezuela, e depois seguiu carreira em Portugal, passando por União da Ilha da Madeira, Leixões e Arouca, seu último clube. No Santos, foram apenas 27 jogos e dois gols marcados. Ao LANCE!/DIÁRIO DO PEIXE, Breitner avaliou sua passagem no clube e contou sobre seus projetos.

- Acho que fiz história no Santos tanto na base quanto no profissional, conseguindo jogar naquele time histórico dos Meninos da Vila, conquistei títulos importantes com jogadores importantes no cenário mundial. A sequência não foi muito longa e acabei optando em jogar em outros clubes onde também tive bons momentos. O que pesou foi a vontade de ter uma sequência de jogo maior, vejo hoje que faz parte do futebol - ressaltou.

- Depois de passar seis temporadas em Portugal, onde tive grande destaque em algumas equipes, e com a chegada das minhas filhas junto com a pandemia decidi ficar no Brasil. Por final não começaram a aparecer propostas interessantes pra seguir em campo, resolvi tomar um outro rumo na minha vida e hoje com um projeto direcionado aos esportes na areia. Sempre gostei de praticar o futevôlei, hoje me dedico muito a jogar e dar treinos. Paralelamente estou começando uma caminhada com o agenciamento de atletas, sempre quis trabalhar com isso e acho que chegou o momento para isso. Estou muito feliz isso que importa pra mim hoje - revelou Breitner.

- Acompanho quase todos os jogos, Santos vai fazer parte da minha vida para sempre. Posso dizer que nasci e cresci no Santos, me tornei homem, campeão e realizei todos os meus sonhos de crianças graças ao Santos. Sempre vou torcer pro Santos - revelou Breitner ao LANCE!/DIÁRIO DO PEIXE.

Pioneiro entre os venezuelanos, o ex-meia aposta que Lacava pode repetir o sucesso de Soteldo no Santos.

- A chegada do Soteldo no início muitos duvidaram, mais aos poucos ele foi mostrando seu futebol e conquistando a confiança de todos. O Lacava acho que vai trilhar o mesmo caminho, fazendo um excelente trabalho no Santos e conquistando a confiança de toda a torcida - afirmou o ex-jogador.

O venezuelano contou sobre a maior dificuldade de adaptação no Brasil e falou do carinho da torcida por jogadores estrangeiros. O ex-jogador ainda revelou acompanhar o Alvinegro e acredita que o clube fez parte da sua vida.

- Para todos os estrangeiros acredito que seja mais difícil e aprender o idioma perfeitamente para se comunicar melhor. Vejo carinho sim, hoje ficou muito comum jogadores estrangeiros jogando no Brasil. Na época que surgiu no Santos não era tão normal, mais de um certo tempo pra cá está muito comum. Não só a torcida do Santos, mas todas as torcidas do Brasil estão acolhendo muito bem os jogadores de outros países - comentou.

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