Antes apontada como uma certeza devido aos excelentes números da equipe comandada por Dorival Júnior, a participação do Santos na edição da Libertadores da próxima temporada nunca esteve tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe da Vila Belmiro.
Brigando diretamente em duas frentes (Brasileirão e Copa do Brasil) desde a arrancada que tirou o clube da zona de rebaixamento e o fez lutar no topo, o Peixe se viu numa encruzilhada: arriscar a integridade de seus jogadores por conta da maratona de jogos e seguir firme na briga por G4, ou optar por uma das competições. Após seis rodadas seguidas entre os quatro primeiros do Brasileirão, o Alvinegro fez sua escolha e apostou todas suas fichas no torneio mata-mata.
Depois de Dorival dizer abertamente que abriria mão do G4 do Brasileirão para buscar o título da Copa do Brasil, o clube já não tem mais chances de se classificar para o torneio intercontinental por meio do Nacional. A derrota por 1 a 0 para o Vasco, em São Januário, com o time reserva, tirou qualquer chance de chegar vivo à última rodada em caso de derrota no Allianz Parque.
Para não deixar a excelente campanha de aproximadamente 69,7% de aproveitamento em 33 jogos cair no esquecimento dos torcedores, Dorival terá de justificar na sala de troféus que sua escolha foi a mais correta. Superar o rival Palmeiras na decisão virou "obrigação".
Confira abaixo alguns números de Dorival no Peixe:
21 vitórias, 6 empates e 6 derrotas em 33 jogos
58 gols marcados e 23 sofridos
18 jogos de invencibilidade em casa (16 vitórias e 1 empate na Vila; 1 vitória no Pacaembu)
Na Copa do Brasil: 8 jogos, 8 vitórias