Três pontos que explicam algumas dificuldades do Santos no mercado
Peixe 'fracassou' em negociações prioritárias, mas teve sucesso em outros nomes
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O Santos teve (e tem) os mais diversos alvos no mercado de transferências. Porém, as negociações consideradas mais 'difíceis' não se concretizaram, e o Peixe partiu para opções menos 'badaladas'.
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O próprio Paulo Roberto Falcão, coordenador esportivo alvinegro, revelou diversas vezes que o mercado de transferências impõe desafios a serem superados. Mas quais são estas dificuldades? Abaixo, tentamos entender!
ANTES DE TUDO...
O Santos também teve sucesso em negociações e contratou Dodô, Jean Lucas e Julio Furch, além de firmar pré-contrato com Diego Pituca. Além disso, avançou nas tratativas por João Basso, do Arouca (POR), e Juan Pablo Vargas, do Millonarios (COL).
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1 - DISPUTA COM A EUROPA
O principal desejo do Peixe no início da janela era contratar os meio-campistas Zalazar, Bruno Henrique e Roberto Pereyra. O uruguaio foi vendido ao Braga, de Portugal, enquanto o volante ex-Palmeiras acertou com o Internacional, e o argentino — sem clube — ainda não tomou uma decisão. Junior Alonso, do Krasnodar, também está no radar.
Estes são os nomes considerados 'de peso' que surgiram como possibilidades para o Alvinegro. Com exceção de Bruno Henrique, o Santos teve concorrência europeia e precisou negociar diretamente com times do Velho Continente, que em geral têm melhores condições financeiras e endurecem as conversas. No caso de Zalazar, por exemplo, os santistas foram superados pelo Braga, de Portugal, mesmo apresentando valores semelhantes nas propostas.
Roberto Pereyra ainda não deu uma resposta concreta ao Santos. Contudo, existe a percepção de que ele possa estar esperando novas ofertas europeias para decidir o futuro. Alonso foi considerado caro, e as negociações com o Krasnodar são difíceis.
2 - DISPOSIÇÃO DOS ATLETAS
Em todas as contratações do Santos, os jogadores demonstraram forte interesse em vestir a camisa alvinegra e contribuíram nas tratativas. Furch acertou rescisão amigável com o Atlas, do México, Dodô declarou que era um "projeto pessoal" retornar ao clube e Pituca sempre priorizou o Peixe em um retorno ao Brasil.
O caso mais simbólico é o de Jean Lucas. O meio-campista revelou que teve conversas com o Flamengo, time que o revelou, mas priorizou o Santos. O Palmeiras também tentou a contratação do jogador.
Para fechar com Jean, o Santos precisou negociar com o Monaco, da França, e a contratação envolveu altos valores. O fator preponderante foi que o atleta queria retornar à Vila Belmiro — além do Alvinegro ceder facilitações em relação a uma futura venda de Deivid Washington aos franceses.
- Tive uma conversa com o Sampaoli, nessa janela apareceu muitos clubes. Pedi para dar uma segurada para o Flamengo. Quis dar prioridade ao Santos por causa do carinho - afirmou, em apresentação.
3 - DIFICULDADES ECONÔMICAS E NECESSIDADE DE VENDA
Além do Santos disputar os principais nomes com a Europa, que possui moeda cinco vezes mais valorizada em relação ao real, o clube não está em situação financeira confortável. O Peixe depende de vendas para ir atrás de grandes reforços e, ainda assim, equilibrar as contas. Confira abaixo trecho do relatório fiscal do primeiro semestre de 2023:
- O nosso clube não efetuou vendas significativas como planejado, recebemos poucas propostas até o fechamento da janela de transferências e as aquisições, salvo melhor juízo de nossa parte, não foram bem observadas. Nos transparece que os setores de inteligência e análise são subutilizados, fazendo com que os executivos tomem decisões a base de pressão do momento em campo. Estas ações nos trazem preocupações no decorrer de 2023, precisaremos vender alguns atletas para mantermos nossas obrigações em dia e fazer cumprir o orçamento.
O Santos efetuou a venda de Ângelo ao Chelsea por 15 milhões de euros (R$ 80 milhões). Porém, ainda vive a expectativa de concretizar mais uma grande negociação, e os principais candidatos a sair são Marcos Leonardo e Deivid Washington.
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