Análise: taticamente inferior ao Fortaleza, São Paulo comemorou e sofreu com lances individuais
Tricolor largou na frente em jogadas individuais contra o Fortaleza, que foi superior em muitos momentos, mas perdeu a liderança no placar também por erros individuais
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O São Paulo empatou com o Fortaleza em 2 a 2, na última quarta-feira (25), pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, no Morumbi. O jogo ficou marcado pela superioridade tática e pelos dois gols do Leão nos minutos finais, empatando o placar já nos acréscimos após o Tricolor abrir 2 a 0 em jogadas onde a individualidade dos atletas falaram mais fácil.
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A partida apresentou um Fortaleza com maior controle das ações por mais tempo e com uma pressão incessante na saída de bola do São Paulo, pregando a equipe adversária no campo de defesa e conseguindo, eventualmente, boas oportunidades. O Tricolor encontrou alguns caminhos, mas contou com destaques individuais positivos para abrir um 2 a 0 mesmo quando estava pior no jogo e com destaques negativos para ver o resultado positivo ir embora.
A saída de bola pelo lado esquerdo foi a mais pressionada e, por lá, o São Paulo teve dificuldades de ligar o ataque, contando com a pressão de Wellington Paulista, Yago Pikachu e Ederson, que chegaram a criar uma chance perigosa no começo do jogo.
O Tricolor, porém, encontrou um meio de escapar da pressão do Fortaleza. A solução encontrada foi utilizar o lado direito do campo, acionando Daniel Alves e Rigoni, que associaram boas jogadas com aproximações de Benítez. Essa saída se deu pelo fato de que Lucas Crispim, ala esquerdo do Fortaleza, não deu tanta combatividade com Daniel Alves quanto Pikachu contra Reinaldo e Wellington Paulista contra Léo.
Foi assim que o time criou uma de suas melhores oportunidades, quando Daniel lançou boa bola na área e o camisa 77 saiu cara a cara com Marcelo Boeck, que fez grande defesa.
Assim, o São Paulo teve um bom momento no primeiro tempo, onde conseguiu equilibrar o jogo e manter a partida assim até o final da primeira etapa, embora nenhuma equipe tenha criado mais chances perigosas no período.
Na volta do segundo tempo foi como se o Tricolor tivesse regredido naquilo que construiu na primeira etapa. O jogo recomeçou da mesma maneira que foi iniciado, com o Fortaleza marcando a saída de bola do São Paulo em linha alta. O meio de campo do São Paulo foi o setor mais prejudicado no jogo. Com a pressão imposta pelo adversário, Luan, Rodrigo Nestor e Benítez tiveram dificuldades para jogar, principalmente os dois primeiros, que tem maiores responsabilidades na saída de bola.
Aos 23 minutos da segunda etapa, porém, brilhou a estrela de Emiliano Rigoni, o homem do jogo. Em meio à pressão do Fortaleza, o Tricolor paulista conseguiu encaixar um ótimo contra-ataque com Reinaldo, pela esquerda. O lateral cruzou a bola para Rigoni, no lado direito, que usou sua habilidade individual para dominar, cortar o marcador e bater de esquerda para o fundo do gol, contando com o desvio de Matheus Jussa, no meio do caminho.
Aos 33 minutos do segundo tempo, a individualidade voltou a sorrir para o São Paulo. Em uma saída de bola frustrada do São Paulo devido à marcação alta do Fortaleza, novamente a qualidade individual dos jogadores falou mais alto e Liziero roubou a bola para dar ótimo passe para Rigoni disparar e fazer o segundo gol da equipe. Com o 2 a 0 no placar, o São Paulo deu sinais de que resistiria melhor à pressão e conseguiria segurar o resultado, o que não durou nem cinco minutos.
Aos 38 minutos da segunda tempo foi a vez do Tricolor sofrer pela individualidade e ver um erro custar caro. No melhor estilo 'ataque contra defesa', o Fortaleza rodou a bola em volta da área adversária até que Robson encontrou Pikachu infiltrando nas costas de Reinaldo. O passe seria interceptado sem dificuldades por Tiago Volpi, se não fosse pela falha do goleiro, que deixou a bola passar e viu o ala direito do Leão dominar sozinho e bater para o gol aberto. Se o Fortaleza já pressionava, isso só aumentou nos minutos finais, com o placar mais próximo e a possibilidade de um empate.
E a pressão deu resultado. Aos 47 minutos do segundo tempo, nos acréscimos, o time roubou mais uma bola no campo de ataque e se aproveitou de erros de posicionamento de Léo e Reinaldo para atacar pela esquerda. A bola foi cruzada para Romarinho, que levou a melhor contra Bruno Alves e empatou a partida já nos minutos finais.
Em uma partida onde o Fortaleza foi superior taticamente, o São Paulo teve a competência de criar nas oportunidades que criou, mas em lances muito marcados pela individualidade de Rigoni, com participações importantes de Liziero e Reinaldo.
A mesma individualidade, porém, fez uma partida que parecia controlada sair das mãos da equipe. Para o Leão, a falha de Tiago Volpi começou a reação que terminou no empate.
Com o placar aberto no jogo de ida, a disputa por uma vaga na semifinal da Copa do Brasil segue em aberto para o jogo de volta. A decisão será feita no dia 15 de setembro, na Arena Castelão.
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