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Análise: contra-ataque foi bem explorado pelo São Paulo, mas baixo aproveitamento resultou no empate

São Paulo criou boas chances após abrir o placar, mas não conseguiu matar o jogo. Com o gol de empate no fim do primeiro tempo, o time caiu de produção na segunda etapa

Vitor Bueno perdeu grande chance de ampliar o placar
Vitor Bueno perdeu grande chance de ampliar o placar (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)

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Na última terça-feira (13), o São Paulo empatou em 1 a 1 contra o Racing, da Argentina, pela partida de ida das oitavas de final da Libertadores, no Morumbi. Em partida que o São Paulo teve oportunidades para matar o duelo ainda no primeiro tempo, o time deixou a vitória escapar e os gols perdidos podem custar caro na competição.


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Para a partida, Crespo apostou na juventude de jogadores revelados pelo São Paulo para enfrentar um Racing descansado, sem jogar uma partida oficial desde o dia 6 de junho, quando perdeu a final do Campeonato Argentino para o Colón, por 3 a 0.

Com Welington escalado na ala esquerda no lugar de Reinaldo, Rodrigo Nestor no meio de campo e Igor Gomes ao lado de Eder no ataque, o Tricolor entrou com um time bem leve, mas teve um início de primeiro tempo bastante truncado com poucas oportunidades criadas. 

Aos 27 minutos, o time sofreu uma baixa importante, quando Eder sentiu dores na região posterior da coxa e deixou o campo, sendo substituído por Vitor Bueno, principal personagem da partida. Logo de cara, o São Paulo chegou ao ataque com o camisa 12, que finalizou mal, mas estava impedido e teve o lance invalidado. 

Apenas sete minutos após entrar em campo, Vitor Bueno marcou o gol do São Paulo na partida. Após boa jogada de Welington pelo lado esquerdo do ataque, o lateral cruzou para a área e o goleiro Arias deu um presente para o atacante são-paulino após falhar ao tentar segurar o cruzamento. A bola bateu em Vitor Bueno, que só precisou empurrar para o gol em um lance de oportunismo e de bom posicionamento do atacante.

Poucos minutos depois, aos 37 do primeiro tempo, Vitor Bueno foi de herói a vilão ao desperdiçar uma grande chance de por o São Paulo com dois gols na frente do adversário.

Com o Racing subindo a linha de defesa e pressionando o Tricolor no campo de ataque, o time argentino expôs seu setor defensivo a possíveis contragolpes são-paulinos. Com ritmo de jogo afetado pelo tempo sem partidas, a defesa teve dificuldade em contar os contra-ataques velozes. Liziero, no meio de campo, foi importante na articulação, encontrando bons passes e conseguindo boas infiltrações na defesa dos argentinos. O São Paulo havia encontrado o caminho para chegar no gol.

Assim, após falha na troca de passes, Welington avançou em velocidade, se livrando marcador e saiu cara a cara com Arias. O lateral, porém, preferiu dar o passe para Vitor Bueno, em liberdade para finalizar no gol aberto. O atacante pegou mal na bola, chutando fraco e rasteiro e o goleiro chileno Arias fez boa defesa, impedindo que uma chance clara de gol se concretizasse.

A bola nas costas da marcação do Racing virou a arma mais letal do Tricolor, que procurou explorar isso e teve nova chance poucos minutos depois, com Rodrigo Nestor, que finalizou para fora, não tocando para Vitor Bueno, sozinho dentro da área, desperdiçando nova chance.

Assim, o Racing seguiu tentando o ataque, com Chancalay sendo um homem de referência, Piatti se aproximando para criar e Copetti procurando a infiltração na defesa do Tricolor. Com dificuldades para penetrar na área adversária, o time argentino arriscou de fora da área em alguns momentos.

No último lance do primeiro tempo, porém, Copetti recebeu na área, pelo lado esquerdo, cortou para fora da área e, marcado pelos jovens Diego Costa e Rodrigo Nestor, teve liberdade para finalizar e empatou o jogo.

No segundo tempo, os desfalques e a juventude do elenco pesaram para o Tricolor. Com jogadores jovens, a experiência para se recuperar no jogo após o gol sofrido no último lance do primeiro tempo foi diferencial para o rendimento do time, que caiu de produção e viu o Racing controlar as ações.

Com Miranda e Martínez controlando o meio de campo, com aproximações de Piatti, o time teve a posse e o domínio. Entretanto, em muitos momentos o time argentino optou por administrar o jogo, trocando passes no campo de defesa e gastando o tempo, sabendo que o 1 a 1 no Morumbi era um otimo placar.

Precisando do gol, a situação do final do primeiro tempo se inverteu e o Tricolor passou a subir a marcação em busca do gol. Um mérito importante para ser dado ao treinador Hernán Crespo é o de não ter exposto a linha defensiva, deixando o time menos vulneráveis aos contra-ataques que poderiam ser acionados com Enzo Copetti e Chancalay.

Em um jogo burocrático, o Racing controlou, o São Paulo correu atrás sem se expor e as chances voltaram a aparecer nos minutos finais, quando a urgência pelo gol da vitória fez os dois time se arriscarem mais.

Por pouco o Racing não matou a partida. Nos minutos finais do jogo, Mena cabeceou livre de marcação, mas mandou por cima do travessão de Volpi. 

A partida do São Paulo pode ser definida como frustrante. O time teve chances de matar o jogo ainda na primeira etapa, mas acabou perdendo oportunidades e tomando o gol de empate no último lance do primeiro tempo. Com um time jovem em campo e muitos desfalques a queda de produção foi impactante e o time agora precisará correr atrás de um gol em Avellaneda para não ser eliminado da competição.

Com alguns pontos positivos a serem ressaltados, como a boa participação de Welington pela esquerda e a boa capacidade criativa de Liziero no meio de campo, ligando bons contragolpes, o time sai com um placar ruim para o jogo da volta.

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