Após eliminação, Crespo vive seu pior momento no São Paulo, mas tem confiança reafirmada pela diretoria
Treinador do São Paulo acumula duas eliminações em mata-matas, além de ter desempenho ruim no Brasileirão. Atuações da equipe não convencem mesmo após treinos
A eliminação do São Paulo na Copa do Brasil, na última quarta-feira (15), diante do Fortaleza, colocou o treinador Hernán Crespo em uma situação delicada no comando do Tricolor. Mesmo com o respaldo da diretoria são-paulina, o técnico nunca esteve tão pressionado no cargo e torcedores pedindo a sua saída não são mais algo raro.
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O começo do trabalho de Hernán Crespo no São Paulo foi incrível. Campeão do Paulistão de 2021, o técnico tirou o time de uma seca de mais de oito anos sem títulos e, jogando um bom futebol, encantou a torcida e colocou o Tricolor entre os favoritos para os demais campeonatos da temporada: o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Libertadores.
Após o Paulistão, porém, algumas coisas começaram a sair do controle. No Campeonato Brasileiro, o São Paulo ficou sem vencer nas primeiras nove rodadas, ganhando pela primeira vez na 10ª partida diante do Internacional.
Assim, o time ficou em uma situação muito ruim no campeonato e, mesmo com a recuperação na segunda metade do primeiro turno, segue em uma posição delicada, ocupando a 16ª posição da tabela, apenas um ponto à frente da zona de rebaixamento.
Nos mata-matas, episódios difíceis de digerir. Após vencer o Racing-ARG fora de casa e se classificar para as quartas de final da Libertadores, o São Paulo foi eliminado pelo seu rival, o Palmeiras, de maneira marcante. Além de ser a primeira derrota do Tricolor para o alviverde na história da competição, o time foi dominado no jogo de volta e perdeu por 3 a 0.
Já na Copa do Brasil, uma campanha mais otimista, mas com um resultado igualmente negativo. O São Paulo passou pelo 4 de Julho-PI, após perder fora de casa, por 3 a 2, mas aplicar um enorme 9 a 1 no Morumbi. Depois, bateu o Vasco, ganhando na ida e na volta, se classificando para as quartas de final.
Nas quartas, a eliminação para o Fortaleza. Após o empate por 2 a 2 no jogo de ida, no Morumbi, o São Paulo foi dominado e derrotado pelo Leão, na Arena Castelão, culminando no fim dos mata-matas na temporada do clube.
Com isso, resta apenas o Brasileirão para o São Paulo. Na competição nacional, porém, o treinador se colocou em situação delicada na última rodada, quando poupou jogadores diante do Fluminense e perdeu a chance de subir na tabela, ficando apenas um ponto à frente do Z4.
O técnico optou por iniciar a partida com Rigoni, craque da equipe, no banco de reservas, pensando em sua condição física e visando as quartas de final da Copa do Brasil.
Em meio a uma temporada com muitas lesões e desgastes, o treinador sempre afirmou o quanto o calendário apertado era prejudicial para a equipe, pois desgastava os jogadores e não dava à comissão o tempo necessário para treinar e implementar o estilo de jogo desejado.
Nas últimas semanas, porém, o São Paulo teve um período de 14 dias sem jogos, podendo focar apenas nos treinos e em eventuais descansos. Ao final desse período, porém, a sensação é de que a equipe voltou jogando pior do que vinha apresentando anteriormente.
Com isso, o tom das críticas e a pressão feita sob Crespo aumentou, pois, mesmo com mais tempo para treinar, o desempenho e, acima de tudo, os resultados nas últimas duas partidas não foram nem um pouco satisfatórios.
O argentino, porém, conta com o respaldo da diretoria, que afirmou que não planeja encerrar o vínculo com o treinador e que não pensa em substituí-lo.
Assim, Crespo volta a comandar a equipe no próximo domingo (19), às 16h, no Morumbi, contra o Atlético-GO, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Após ser eliminado dos outros campeonatos e precisando se recuperar na tabela do Brasileirão para se afastar da zona de rebaixamento, o confronto é crucial para o São Paulo engatar uma recuperação e resgatar sua moral.