Bolas paradas e ausências de Ceni e Ganso: Milton tenta explicar vexame
Técnico interino do São Paulo se diz 'indignado' e 'frustrado' com a goleada sofrida por 6 a 1 para o Corinthians neste domingo à tarde; Mudanças do treinador não surtiram efeito
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Pode parecer difícil, mas Milton Cruz tem explicações para a histórica goleada por 6 a 1 sofrida pelo São Paulo diante do Corinthians neste domingo. Abalado, o técnico interino do Tricolor chegou à sala de imprensa da Arena Corinthians com sorriso amarelo e se deparou com apenas dois repórteres posicionados no local. Enquanto as cadeiras eram preenchidas, o comandante são-paulino tentou discorrer sobre a fatídica tarde em Itaquera.
- A gente fica indignado pelo resultado. Eu tentei, no intervalo, fazer mudanças para resolver os três gols de bola parada, que dificilmente acontecem, mas que sofremos. Tentei acertar essas dificuldades colocando o Luis Fabiano e passei o Alan Kardec para trás. Melhoramos nisso, mas seguimos perdendo o jogo corrido. Estou muito triste de ter passado por esse resultado - lamentou.
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O São Paulo até ameaçava o Corinthians quando Bruno Henrique abriu o placar aproveitando sobra em escanteio. Depois, o baixinho Ángle Romero e o zagueiro Edu Dracena repetiram a dose em lances de bola parada e abriram 3 a 0 ainda no primeiro tempo. Segundo Milton, tamanhas instabilidade emocional e quantidade de erros poderiam ser evitadas caso Rogério Ceni e Paulo Henrique Ganso, ambos no Reffis, estivessem em campo.
- Sentimos muito a falta do Rogério pela liderança, da liderança técnica do Ganso para administrar o jogo... É duro aguentar, fico indignado, mas tem dia que nada dá certo. Talvez tenha o time tenha sentido um desgaste de quinta-feira, pelo esforço que fizemos para virar o jogo (4 a 2 sobre o Atlético-MG), a falta do Rogério para orientar e cobrar e a do Ganso por administrar e cadenciar o jogo - argumentou o interino tricolor.
'A diretoria tem que ver o que fazer para melhorar o São Paulo. É um momento triste da minha vida. É difícil'
Por fim, Milton negou que tenha havido qualquer problema de falta de compromisso ou entrega dos jogadores. O coordenador técnico assegurou que o clima do vestiário era terrível e ainda apontou a festa sob a qual o recém-campeão Corinthians jogou como um dos fatores decisivos para o massacre. Mais leve e com reservas descansados, o time de Tite sobrou em campo.
- A gente fica indignado, tem uma frustração enorme. E os jogadores também. Eles não deixaram de correr e de buscar o resultado. É difícil digerir, mas o futebol prega essas frustrações. A diretoria tem que ver o que fazer para melhorar o São Paulo. É um momento triste da minha vida. É difícil. Estou frustrado. Todo jogador do Corinthians tem condição. Se fossem os que vinham jogando, talvez estivessem desgastados pelo jogo de quinta. Como estávamos. Eles pouparam e talvez isso tenha ajudado - opinou.
O Tricolor agora tem mais dois jogos para definir os rumos da próxima temporada. Contra Figueirense (dia 29, no Morumbi) e Goiás (dia 6, no Serra Dourada), os paulistas terão a concorrência direta de Santos e Internacional (empatou com 56 pontos) pela última vaga no G4. Se a equipe de Milton Cruz terminar em quinto e o Peixe vencer a Copa do Brasil e ficar em quarto, os são-paulinos também conseguirão vaga na Libertadores.
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