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Com campanha historicamente ruim, São Paulo fecha o Brasileirão com 3º pior ataque e escancara limitações

No desempenho mais fraco do Tricolor em 19 edições da era dos pontos corridos, time só fez mais gols do que os rebaixados Sport e Chapecoense e evidenciou carências do elenco

América-MG x São Paulo - Calleri
Calleri contra o América-MG: argentino foi o artilheiro do São Paulo no Brasileirão (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

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Ao faturar o Paulistão no primeiro semestre e encerrar um incômodo jejum de 16 anos sem títulos estaduais, o São Paulo deu a impressão de que poderia estar no caminho certo para fazer um bom papel no Campeonato Brasileiro. Porém, a inevitável projeção otimista que aquela conquista proporcionou para a continuidade da temporada ficou bem distante de se tornar uma realidade, já que a equipe terminou a competição com o pior desempenho da história do clube na era dos pontos corridos do torneio nacional, iniciado em 2003, e com alguns números que evidenciaram limitações e carências do seu atual elenco.

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O próprio técnico Rogério Ceni, que não garantiu a sua permanência à frente do Tricolor para o próximo ano, voltou a reconhecer nesta quinta-feira que o plantel precisa ganhar reforços para 2022. Ao fechar o Brasileirão com derrota por 2 a 0 para o América-MG, em Belo Horizonte, o time finalizou campanha na 13ª posição, com 48 pontos, e com o terceiro pior ataque. Foram só 31 gols em 38 jogos, desempenho melhor apenas do que os alcançados por Chapecoense e Sport, ambos rebaixados, que marcaram 27 e 24 vezes, respectivamente. 

Em meio a este cenário de poucas bolas nas redes adversárias, o argentino Calleri foi o artilheiro da equipe do Morumbi no Brasileirão, com apenas cinco gols, seguido de perto por Gabriel Sara, com quatro. Juntos, os dois não somaram nem metade do número alcançado por Hulk, máximo goleador desta edição do torneio, que deixou a sua marca por 19 vezes pelo Atlético-MG. 

Esse aproveitamento ofensivo ruim do Tricolor, de 0,81 gol por jogo, só não ficou ainda mais evidente por causa da performance da defesa são-paulina, que foi a 10ª menos vazada da competição, com 39 gols sofridos. O campeão Galo, dono da zaga mais eficiente entre todas, tomou 34 em 38 rodadas.

Ao ser questionado em entrevista coletiva após a derrota para o América-MG sobre quais seriam as principais carências do atual elenco são-paulino, Rogério Ceni preferiu não especificar as suas prioridades, mas deixou claro que conta com a chegada de jogadores mais agudos para o setor ofensivo e também com a contratação de pelo menos um lateral - nesta temporada de 2021, apenas na ala direita da equipe nove diferentes jogadores foram testados nesta posição.

- Posições serão passadas para a direção, já citei várias vezes em entrevistas coletivas, que faltam algumas posições, de um contra um, de lado de campo, é minha opinião, minha análise, que passarei provavelmente em reunião amanhã (nesta sexta-feira) com a direção - despistou o comandante.

PIOR APROVEITAMENTO DO TIME EM 19 EDIÇÕES DOS PONTOS CORRIDOS

Com 11 vitórias, 15 empates e 12 derrotas, o Tricolor terminou a sua campanha neste Brasileirão com um aproveitamento de 42,1%, o seu mais baixo em 19 campanhas na era dos pontos corridos, iniciada em 2003, e somou apenas cinco pontos a mais do que Grêmio e Bahia, respectivos 17º e 18º colocados, que encabeçaram o grupo de rebaixados à Série B ao fim da competição. 

Desta forma, o São Paulo conseguiu fazer uma campanha ainda pior do que as que realizou em 2013 e 2017, anos em que somou 50 pontos e ganhou 43,9% do total que disputou. Até antes desta última campanha encerrada nesta quinta-feira com o revés em Belo Horizonte, essas duas edições anteriores do Brasileirão haviam sido as de desempenho mais fraco dos são-paulinos.

CAMPEÃO ESTADUAL FECHA CAMPANHA COMO PIOR PAULISTA DO BRASILEIRO

Com a vitória por 3 a 1 sobre o Juventude na última segunda-feira, no Morumbi, o São Paulo foi para a rodada final do Brasileirão com chance até de conquistar uma vaga na fase preliminar da Copa Libertadores e também de encerrar o torneio na frente do Santos, que, assim como o Tricolor, havia livrado o risco de queda para a segunda divisão nacional só na jornada anterior da competição.

Entretanto, os são-paulinos ficaram longe de alcançar um lugar no principal interclubes da América do Sul e fecharam campanha com o time sendo o pior entre os paulistas, bem atrás de Palmeiras, Corinthians e Red Bull Bragantino, respectivos terceiro, quinto e sexto colocados, com 66, 57 e 56 pontos, e também ficando abaixo do Santos, que se garantiu em décimo lugar, com 50.

O fato se tornou uma outra triste constatação que evidencia a grande queda de desempenho do Tricolor, que chegou a despontar como um dos favoritos do Brasileirão ao conquistar o título do Campeonato Paulista. E no fim das contas, pelo desempenho ruim que apresentou no torneio nacional e pela grave crise financeira atravessada pelo clube, o time dirigido por Ceni precisa valorizar a vaga na Copa Sul-Americana como um consolo neste término de temporada.

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