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Fortalecido contra os’golpes da vida’, Kardec aceita protagonismo no clube

Assim como nos poemas de Cesar Vallejo, escritor que dá nome ao primeiro adversário do São Paulo na Libertadores, o centroavante precisou superar obstáculos para 'vencer'<br>

Kardec
(Foto: Angelo Martins)

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"Há golpes na vida, tão fortes que eu nem sei! Golpes como o ódio de Deus, como se a ressaca de todo sofrimento tomasse conta da alma". Alan Kardec foi vítima de um desses baques da vida, descritos pelo poeta peruano Cesar Vallejo na obra "Los Heraldos Negros". Chorou na Libertadores do ano passado quando o joelho direito não resistiu aos impactos dos campo. Ergueu-se mais forte, agora para ser referência no São Paulo, novamente na Libertadores. A começar pelo duelo desta quarta-feira, 21h45, contra o time batizado com o nome do escritor ilustre da cidade de Trujillo.

- Isso já faz parte do passado (a lesão aconteceu no dia 1º de abril, em derrota por 1 a 0 para o San Lorenzo, na Argentina). Não tenho razão para ficar lembrando disso, não foi um momento bom. Hoje me sinto mais forte, me sinto bem. É uma competição que todos querem jogar. É internacional, todos estão de olho e ser campeão significa demais. Eu não tive a oportunidade de ganhar, mas conversei muito com quem foi campeão. Temos que ir com força máxima. Estou sem dores e focado para ajudar o São Paulo - assegurou o camisa 14, ao LANCE!.

Em Trujillo, polo turístico e histórico no Peru, o centroavante que descarregou as dores no passado começará a construir seu futuro. A cidade com pouco mais de 700 mil habitantes foi a casa de Cesar Vallejo, parceiro intelectual de nomes como Pablo Neruda e Pablo Picasso e batizado de "o poeta dos vencidos". A alcunha refere-se à maestria para descrever os problemas e as lutas dos mais fracos. E a determinação de Kardec é tamanha para reconstruir a carreira que os versos do patrono do rival de quarta no estádio Mansiche parecessem guiá-lo pelos gramados.

- Estou completamente recuperado. Dores eu não tenho e espero que 2016 seja muito melhor. A responsabilidade existe, cai em mim e é natural pela grandeza do São Paulo. Não tem como fugir de cobranças e obrigações. Estou com a cabeça tranquila, porque sei de minha conduta. Se me consideram um líder, é porque sabem do meu caráter, do meu trabalho. Vai muito além do quanto pagaram por mim. Sei que todo dia chego para fazer meu melhor e ser exemplo para os mais novos. Quero ajudá-los - destacou.

"Entrar é difícil e quando já está no time, não pode relaxar, porque o outro quer tomar seu lugar"

Cada vez mais forte, Kardec reconhece com mais facilidade os "golpes da vida". E de "olhos loucos", não teme nem sequer a concorrência de Jonathan Calleri, novidade para o jogo contra o Cesar Vallejo e querido pelo técnico Edgardo Bauza. No passado, o atacante já saiu de vencido a vencedor ao desbancar Luis Fabiano e Alexandre Pato. É preciso mais força nos golpes para derrubá-lo.

Confira bate-papo exclusivo com Alan Kardec:

Como é começar a temporada como titular pela primeira vez?

São dois fatores um pouquinho diferentes. Na pré-temporada, todos têm condições iguais de competir com os companheiros, mas quando começaram os jogos oficiais, por opção do Muricy, acabei começando como reserva e entrando durante as partidas. Mesmo assim consegui fazer coisas boas para ajudar a equipe. Fiz um bom número de gols até eu me lesionar, em um momento importante para mim e para a equipe. Era um momento de crescimento depois de turbulências. Neste ano podemos começar diferente. A pré-temporada foi muito bem feita, mas seguimos dependendo dos resultados das partidas para que o torcedor tenha confiança de encher o estádio.

É mais difícil conquistar uma vaga como titular ou se manter no time?
As duas coisas são difíceis. Entrar é difícil e quando já está no time, não pode relaxar, porque o outro quer tomar seu lugar. São situações difíceis e que te obrigam a lutar todos os dias e todos os jogos, quando todos esperam seu trabalho coletivo e individual.

O que conhecia do Cesar Vallejo?
Estávamos concentrados na primeira partida do Paulista, não dá para atropelar as fases. Sabemos que são duas competições muito diferentes, com uma competição mais longa e outra com um mata-mata logo de cara. Vamos estudar o que fazer dentro de campo.

Como vê a concorrência com Calleri após duelar com Luis Fabiano e Pato? O que conhecia dele?
Na verdade, é inevitável (risos). Acho que todos aqui já tinham visto aquele gol que ele fez de letra, foi uma pintura. É um concorrente, mas pode ser um parceiro, até porque já fiz isso aqui com o Luis Fabiano e em outros clubes com outros centroavantes parecidos. Estou com a cabeça tranquila para fazer meu trabalho individual e coletivo. Espero que todos pensem da mesma forma.

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