Justiça bloqueia contas de invasores de CT do São Paulo e os proíbe de ver jogos da equipe
Segundo a ESPN, o juiz Ulisses Augusto Pascolati Júnior tomou decisão inédita no futebol brasileiro; os 12 condenados também não podem sair da cidade
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Em 27 de agosto, torcedores do São Paulo que protestavam em frente ao CT da Barra Funda invadiram o local para cobrar o elenco após derrota para o Juventude pela Copa do Brasil e chegaram a agredir três jogadores. Passado um mês do episódio, a Justiça paulista tomou decisão inédita no futebol brasileiro e bloqueou até as contas bancárias de 12 dos invasores.
A informação foi publicada pelo site da ESPN, horas depois da determinação do juiz Ulisses Augusto Pascolati Júnior ser oficializada na última segunda-feira. Além das contas, foram bloqueados veículos dos acusados, que terão de pagar pelos prejuízos do CT (que teve itens roubados e o portão danificado) e estão proibidos de deixar a capital paulista e chegar perto das instalações do clube.
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Os 12 indiciados pertencem às torcidas organizadas Tricolor Independente e Dragões da Real. Segundo a ESPN, são eles: Henrique "Baby" Gomes de Lima (presidente da Independente); Ricardo "Negão" Barboza Alves Maia, Alessandro "Batata" Oliveira Santana; Genildo "Pitcha" da Silva, Allan "Neguinho" Aquino de Souza; Bruno "He Man" Silva Arcanjo, Gerson "Gersinho" de Azevedo; Cristovam "Nego Trança" Américo Alves; Roberto Rebouças, Wallace "Neguinho" Nascimento, Lucas Carvalho da Silva e André da Silva Azevedo.
'Acho que a Justiça tem de ser feita em relação a essas extravagâncias de torcedores, briga de rua. A gente está acostumado com a impunidade, talvez isso regre mais eles', disse Marco Aurélio Cunha
O grupo precisa ainda se apresentar a um quartel do Corpo de Bombeiros duas horas antes do início de qualquer partida do São Paulo, mesmo as disputadas fora de casa e até no exterior. A saída só será permitida depois de 30 minutos do fim das partidas. Contatos e relações com "qualquer funcionário, jogador ou dirigente do São Paulo Futebol Clube" também estão proibidos.
A determinação foi elogiada pelo promotor Paulo Castilho, que comanda o Juizado Especial Criminal e o Juizado do Torcedor de São Paulo. Baby, por outro lado, ironizou a posição de Castilho e negou ter cometido qualquer delito durante a invasão, supervalorizada pela imprensa, segundo o presidente da Torcida Tricolor Independente em entrevista ao Blog do Perrone.
- Ela não tem precedente no Brasil. É uma punição implacável porque ataca o bolso destes dirigentes de torcida. Centenas de torcedores já foram processados, afastados dos estádios , condenados ou presos neste ano. Essas medidas, aliadas à outras como a venda on-line de ingressos , têm afetado o bolso das torcidas e diminuído a importância delas . Ou as torcidas organizadas se adequam ou vão afundar até à insignificância - destacou.
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