Longo, animado e confuso: São Paulo se reapresenta com treino intenso
Depois de mais de 1h20 de treinamento físico, elenco do Tricolor proporcionou cenas, no mínimo, curiosas em atividade aplicada pelo auxiliar técnico Eduardo de Souza
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Após vencer o Sport por 3 a 0 no sábado e receber dois dias de folga, o elenco do São Paulo se reapresentou nesta terça-feira no CT da Barra Funda. E o início da preparação para encarar o Cruzeiro no próximo domingo guardou momentos, no mínimo, curiosos: do longo período destinado a trabalhos fisicos à confusa atividade técnica comandada pelo auxiliar técnico de Doriva, Eduardo de Souza.
O treinamento teve início exatamente às 16h - antes, estava marcado para as 9h -, com todos os jogadores de linha no Reffis. Por lá, o grupo permaneceu por quase uma hora, enquanto os goleiros faziam exercícios específicos no mini-campo. Já às 17h, o elenco se reuniu no gramado e viu o preparador físico Anselmo Sbragia comandar novos trabalhos de condicionamento por mais de 20 minutos.
Só então a bola foi inserida nas atividades. Primeiro, duas rodas foram formadas com três equipes e apenas uma bola em cada, com a regra variando entre um ou dois toques por atleta. Foram 15 minutos dessa maneira até que o grupo foi reunido novamente e separado em dois times: um sem colete, de vermelho, e outro com colete, que tinha 11 jogadores de amarelo e três de branco - a primeira confusão foi causada por isso e João Schmidt desarmou Michel Bastos, seu colega de time, mas com colete de cor diferente.
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Apenas uma bola estava em jogo para os 28 atletas, incluindo os quatro goleiros - Rogério Ceni trata lesão no Reffis. Oito deles formaram uma espécie de cerco ao restante do grupo e tinham a incumbência de fazer viradas de jogo. Não era permitido, por exemplo, que os integrantes da "parede", como chamou Eduardo, tocassem para os companheiros imediatamente ao lado ou virassem a jogada de primeira. Tal regra demorou a ser explicada com clareza, gerando reclamações de Paulo Henrique Ganso e Alan Kardec.
Outra confusão foi gerada em relação ao objetivo dos jogadores que estavam dentro do cerco. Quem estava com a bola deveria trocar passes com o auxílio da parede e evitar os desarmes dos adversários. Se a outra equipe roubasse a bola, precisava trocar cinco passes de primeira para somar um ponto. Os atletas, assim que entenderam a regra, passaram a disputar com intensidade, com direto até a reclamações ríspidas por erros, comemoração pelos pontos e provações, tudo para evitar o castigo das flexões para os perdedores. Luis Fabiano chegou a reclamar de dividir time com o garoto João Paulo, uma "praga", segundo o camisa 9.
Os trabalhos técnicos duraram mais de uma hora, sendo que metade do grupo ainda permaneceu em campo por mais tempo para trabalhar finalizações e viradas de jogo. Ofuscado pelas peculiaridades do treino, o lateral-direito Bruno aparentou estar totalmente recuperado das dores musculares que o tiraram da vitória contra o Sport ainda no intervalo. Nesta quarta-feira, o Tricolor volta a treinar às 16h e viaja para Belo Horizonte no sábado. A partida contra o Cruzeiro será domingo, às 17h, e é válida pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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