Maicon cobra ‘mais compromisso e concentração’ no São Paulo
Zagueiro fala grosso em entrevista coletiva, minimiza pacto anunciado por Ataíde Gil Guerreiro e pede humildade ao elenco e a Bauza para correção de erros no Tricolor
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Não é só a torcida que acredita que a falta de entrega em campo tem atrapalhado o São Paulo nesta temporada. Para o zagueiro Maicon, tido pelos dirigentes como exemplo para o resto do grupo, o Tricolor precisa de muito "mais compromisso e concentração" se quiser sair da má fase em 2016. Além disso, o beque pediu mais humildade ao time para corrigir os próprios erros.
- Não tem desculpa. Temos jogadores de altíssimo nível, sabemos da capacidade, do empenho nos jogos, mas falta mais compromisso e concentração nos jogos. O momento é de ter mais entrega do que tem acontecido. Falta mais compromisso, vontade e luta. Só assim vamos alcançar as coisas. Vamos trabalhar para isso. Nome não conta, é 11 contra 11 - ponderou o defensor que está emprestado pelo Porto (POR).
Maicon acredita que a postura do grupo precisa começar a mudar já nos treinamentos e que só depende de uma análise conjunta do elenco com a comissão técnica. O zagueiro lembrou que o técnico Edgardo Bauza também tem suas responsabilidades, mas que o grupo de atletas precisa tomar a iniciativa. Ele só não crê que fazer um "pacto de vitórias", como disse o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, possa surtir efeito.
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- Temos que ter humildade para reconhecer que está faltando algo. Vamos resolver os problemas que o grupo mesmo causou. A culpa é nossa, não só do técnico. Não fujo dos problemas. Ninguém precisaria falar nada de pacto, sabemos do nosso compromisso. Temos que vencer os três jogos que restam na Libertadores e estamos cientes dessa obrigação. O São Paulo não precisa de pacto. Com a grandeza do clube e a qualidade do elenco, temos obrigação de classificar. Tem que ter isso memorizado na cabeça - frisou.
A má fase do São Paulo em 2016 faz com que o time esteja em situação delicada na fase de grupos da Copa Libertadores da América e há quatro partidas sem vencer no geral. Neste domingo, às 16h, o Tricolor volta a campo pelo Campeonato Paulista para enfrentar o Ituano, em Itu.
Confira outros trechos da entrevista coletiva do zagueiro Maicon:
O tempo é curto demais para corrigir o time para domingo?
A gente vem de duas derrotas consecutivas, uma viagem longa para a Venezuela, mas temos que recuperar as energias em dois dias para entrar 100% contra o Ituano. Os resultados negativos acontecem e é preciso melhorar o contexto geral, na defesa e no ataque. Temos feito poucos gols pela qualidade que temos no elenco e quem não faz toma. Uma bola, como contra o Palmeiras, decide. Tivemos chances de matar e não matamos em vários jogos. Um vacilo, se a gente dorme, atrapalha. Se não faz, toma.
No Paulistão e na Libertadores, o São Paulo não tem conseguido vencer times de menor expressão. Como colocar em prática a superioridade técnica?
Qualquer derrota neste momento pode piorar nossa situação. São quatro jogos sem vitórias e um novo resultado negativo deixará tudo pior. Todos estão conscientes de que é preciso estar preparado para sair com os três pontos diante de um time rápido e que jogará em casa, como o Ituano. Será uma batalha. São equipes menores que dão tudo. Falta, às vezes, igualar vontade. Temos condição de fazer isso, tem que ser o jogo da nossa vida também. Vamos procurando soluções e respostas para dar a volta por cima.
O que representa ter mais entrega em campo e como mudar isso?
Precisamos correr mais, mas até cavalo corre se soltar em campo. Temos que mostrar futebol, qualidade. Não posso prometer nada além de muita entrega e trabalho. Se vamos vencer não sabemos, ninguém é vidente. Luta e entrega eu prometo, para que possamos colocar o São Paulo no mais alto nível. O treinador precisa corrigir os problemas também. É uma fase ruim e precisamos dar a volta por cima. Não estamos no nível em que esperávamos. Falta isso, falta aquilo, passa um mês e não mudou. Vamos pensar nos próximos para conseguir ser mais estável, classificar no Paulista e na Libertadores.
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