Polivalente, Patrick vira peça ofensiva fundamental para o São Paulo
Em 33 jogos pelo Tricolor, Pantera Negra participou diretamente de onze gols. Também foi o responsável pelo pênalti que classificou a equipe para a semifinal da Sul-Americana
A classificação do São Paulo para a semifinal da Copa Sul-Americana teve um nome fundamental: Patrick. O jogador entrou nos minutos finais do segundo tempo do jogo com o Ceará, na Arena Castelão, já com o foco na disputa de pênaltis.
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Nas cobranças, foi o último a converter. Assim, entrou com um papel e cumpriu, sendo o herói da classificação tricolor. Porém, não foi somente este pênalti que prova o bom momento que vive o Pantera Negra no clube.
Segundo o próprio Patrick, treinos focados em penalidades foram aplicados um dia anterior ao confronto. O meia também revelou que Rogério Ceni foi o responsável por confiar a responsabilidade do sexto pênalti a ele.
- Treinamos (pênaltis) no dia anterior. O Rogério tem estrela. Perguntou se eu estava pronto e eu disse que sim. Ele me escolheu como sexto batedor e estamos classificados. Fizemos um grande jogo e merecemos estar na semifinal - destacou.
O camisa 88 foi anunciado em janeiro deste ano, como o quarto reforço para a temporada 2022. Com contrato até dezembro de 2023, Patrick vem se destacando com gols e assistências no São Paulo.
De acordo com números levantados pelo 'SPFC Estatísticas', o jogador teve onze participações diretas em gols nas 33 partidas que atuou até aqui neste 2022. Assim, está abaixo apenas de dois dos nomes de peso do elenco de Rogério Ceni: Calleri e Luciano.
Os números ofensivos do meia chamam a atenção tendo em vista que Calleri é o artilheiro do São Paulo no ano, com 19 gols, além de somar quatro assistências, e Luciano está na vice-artilharia com 14 gols, e mais três passes decisivos. Patrick, por sua vez, balançou as redes seis vezes nesta temporada. Além disso, distribuiu mais cinco assistências.
É interessante notar também a evolução do camisa 88 com o passar dos meses. Logo nos seus primeiros momentos no Tricolor, virou alvo de fortes críticas da torcida são-paulina, que inclusive, ressaltavam até mesmo seu porte físico.
Porém, nos últimos meses, se tornou uma importante peça no setor ofensivo de Rogério Ceni. Em algumas escalações chegou até mesmo a fazer uma dupla de ataque com Calleri.
Tudo isso se deve a sua polivalência. Além de já ter se mostrado decisivo em várias oportunidades - sendo a mais recente justamente contra o Ceará, na última quarta-feira (10) - consegue exercer diversas funções.
No São Paulo isso é bastante visto. Já chegou até a trabalhar de uma forma mais aberta na esquerda como um ala. Assim, apoiava o time ofensivamente e defensivamente.
No Internacional, sua ex-equipe, costumava atuar mais como um volante. No Tricolor, tem jogado muito mais no ataque.
No esquema de três zagueiros, comumente adotado por Ceni, há uma lógica de ter um jogador mais móvel, mais de criação, e um mais de finalização. No caso citado anteriormente, isso é visto nos jogos que Patrick e Calleri dialogam juntos.
Algumas vezes, o treinador chega a optar até mesmo por um sistema de ataque formado por três jogadores. Neste caso, Patrick funciona como um 'segundo atacante', quase como se também fosse um meia.
Então, além de gols, o camisa 88 é de suma importância para ajudar o time a criar oportunidades - o que é descrito até mesmo nas estatísticas mostradas anteriormente.
Assim, o Pantera Negra não se apresenta como um jogador de uma única e exclusiva função. Com isso, as críticas da torcida se tornaram elogios. É comum ver comentários nas redes sociais destacando o desempenho do atleta e seu papel em campo. Nos estádios, a reação passou a ser a mesma.
Em um elenco mais limitado como o do Tricolor, a existência de um atleta como Patrick é importante. Além do departamento médico cheio, há certas funções que sofrem uma certa 'deficiência', ainda mais com o time vivo em três campeonatos. O camisa 88, por sua vez, consegue cumprir bem todos os papéis que lhe são designados.