‘Quero recebê-lo de braços abertos’, diz Rodrigo Caio sobre Lugano
Camisa 3 do São Paulo relembra convivência com o uruguaio no Reffis e aposta em sucesso do ídolo em possível retorno: 'Tudo o que ele ganhou aqui pode ganhar de novo'
Não é só a torcida do São Paulo que está ansiosa para um possível retorno de Diego Lugano ao clube. Em entrevista ao LANCE! no CT da Barra Funda, o zagueiro Rodrigo Caio admitiu estar empolgado com a possibilidade de atuar ao lado do uruguaio e ainda fez aposta para o futuro. Segundo o beque tricolor, o ídolo encontrará um time capaz de levá-lo a conquistas do porte daquelas alcançadas entre 2003 e 2006: Paulistão, Libertadores e Mundial.
- Eu conheci o Lugano quando machuquei o joelho (direito) no ano passado e ele estava fazendo tratamento no Reffis. Ficamos dez dias no CT e já vi que é uma pessoa sensacional. Do pouco que conversei, acredito que seja uma pessoa que poderia acrescentar muito ao time. Não sei o que a diretoria deseja, mas se for a vontade deles que ele volte, vai nos ajudar muito. Tudo o que ele ganhou aqui pode ganhar de novo - projetou.
Os dirigentes são-paulinos acreditam que Lugano dará ao atual elenco mais fibra e compensará a aposentadoria de Rogério Ceni por ter perfil de liderança. As ressalvas, por outro lado, são referentes à idade de 35 anos e às recentes lesões, além da desconfiança sobre o nível de atuação no Campeonato Paraguaio com a camisa do Cerro Porteño.
- Faz muito tempo que eu não vejo ele jogar. Ele está no Cerro Porteño e se foi contratado e faz um bom Campeonato Paraguaio, acredito que tem plenas condições de voltar. Esses torneios sul-americanos são difíceis e intensos, então se está jogando em alto nível lá, pode trazer benefícios ao São Paulo. Fico na expectativa e quero recebê-lo de braços abertos para que ele passe a experiência que viveu em outros países e no São Paulo - opinou.
Apontado por Rogério Ceni como futuro capitão do São Paulo, Rodrigo Caio assegura que está pronto para assumir a função, mas que não será ruim vê-la nas mãos de Lugano em 2016. O zagueiro pretende aprender ainda mais sobre liderança para ser um capitão melhor no futuro.
- Já aprendi muito com o Rogério e com o Lugano aprenderia muito também. É uma pessoa que tem muita experiência, ganhou muitos títulos e merece o respeito de todos por isso. Se me escolherem para ser o capitão, estou preparado. Temos vários líderes aqui, sou um deles, já fui na base, na Seleção Olímpica e estou pronto, mas a opção é do treinador que estiver aqui. Independente de estar com a faixa no braço, vou continuar cobrando, orientando e tentando vencer - ressaltou.
Confira bate-papo exclusivo com Rodrigo Caio:
Qual seu balanço de 2015? O que mais atrapalhou?
Um pouco de tudo atrapalhou, a começar por essa briga política. O clube vendeu vários jogadores, sofreu com a situação financeira e isso atrapalhou a equipe. Nós também não conseguimos fazer o que fazíamos no ano passado, principalmente na Copa do Brasil. Precisamos levantar a cabeça por essa briga na Libertadores, que mudaria esse ano e 2016. Só depende da gente nesses cinco jogos para brigar com o Santos. Temos chances de ficar entre os quatro.
Acredita em G4 mesmo com uma sequência difícil (nas próximas três rodadas, o São Paulo pega Cruzeiro, Atlético-MG e Corinthians)?
Estamos juntos com o Santos e acredito que eles irão tropeçar, porque estarão concentrados na Copa do Brasil. Temos que nos empenhar agora nesse tempo maior de treinamento para corrigir o que tem de errado, só isso vai nos deixar dentro do G4. Pegar o Cruzeiro no Mineirão é muito difícil, mas o Santos pega o Joinville desesperado para não cair. Não dá para dizer que um jogo é fácil antes. São as circunstâncias que fazem isso. A única obrigação é atuar como fizemos no sábado passado, quando controlamos o jogo e vencemos o Sport.