A Seleção Brasileira está se preparando para duas rodadas de Eliminatórias da Copa do Mundo com muitas mudanças na lista de convocados. Uma das novidades para os jogos contra Colômbia e Argentina é o retorno de Alisson à titularidade do gol. O arqueiro tinha perdido posição para Ederson, e volta à meta após a lesão do goleiro do City.
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Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (15), o goleiro falou sobre a expectativa pelo retorno à titularidade e o momento de baixa que viveu com a camisa da Amarelinha.
- Acho que a competição aqui dentro da Seleção leva a isso, leva a momentos distintos. Nos ciclos passados já foram dadas mais oportunidades para todos. O Ederson vinha tendo oportunidades com Tite, eu fui o goleiro da última Copa, mas todos tinham condições de jogar. Hoje, não é diferente, continua da mesma maneira. Para mim, não muda o meu comportamento, a minha maneira de encarar a Seleção como desafio longo e prazeroso. Um desafio pela responsabilidade de vestir a camisa e um prazer porque sempre que a gente vem, está realizando um sonho de criança. É uma competição muito grande, muitos jogadores com qualidade para estar aqui não estão. Então, a gente tem que se dedicar a cada dia, buscar o melhor pra seleção com boas performances, bons jogos e bons resultados.
VEJA DEMAIS RESPOSTAS DE ALISSON:
Respeito com atletas e relação com Ederson
- Respeito a todos que estão aqui e tem condições, merecimento por estar aqui. Quanto mais jogadores a gente estiver sendo premiados, em lista de melhores do mundo, melhor do Brasil, melhor da seleção, não só para o individual em si, mas pra outras gerações que vêm. Aconteceu com a gente, outras pessoas abriram as portas da Europa para nós, do mundo, para goleiros e jogadores de linha. Então, essa é a minha alegria, poder compartilhar com amigos. O Ederson eu tenho um carinho especial, nossos filhos são amigos, estudam juntos. Por conta da rotina, não nos vemos todos os dias, mas nos encontramos na escola das crianças, e a gente tem competição aqui e nos clubes, Liverpool e City, mas a respeito sempre prevalece nessa relação.
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Calor de Barranquilla e possíveis dificuldades
- Todos os fatores extracampo podem ou não influenciar a nossa atuação, depende muito da maneira que a gente vai entrar em campo e se preparou, já esperando os desafios que vamos ter, mas com foco muito grande no que a gente pode fazer, no nosso estilo de jogo. A gente vem passando por adaptação e esse é nosso desafio, conseguir jogar bem, fazer o que foi treinado, se adaptar ao jogo, as circunstâncias da partida, e conseguir, através da adaptação, o resultado, no futebol é o mais importante. Sabemos que existe o caminho, ninguém chega lá de graça, e a gente vai encarar esse jogo com todos as dificuldades que a gente possa ter na frente. A qualidade dos atacantes, imposição física da Colômbia, vai ser um jogo duro, mas estamos preparados. Nossos jogadores têm condições de responder com agressividade (no bom sentido), disputar cada bola, cada lance, cada dividida, e ganhar nos detalhes.
Como os jogadores receberam o Diniz após o título da Libertadores
- A gente recebeu ele muito alegres, todos ficamos muito felizes pela conquista do título, não só pelo Fernando, mas por todo staff e também jogadores. Muitos têm amigos no Fluminense, mais um brasileiro campeão da Libertadores, valoriza o futebol brasileiro. Acredito que não muda muito pela postura do Diniz, pelas palavras dele. Ele mostra que ele é isso mesmo, a essência dele. Não mudou muita coisa, o título só vai dar mais confiança, respaldo e respeito, não só dentro de campo, mas das pessoas que avaliam: vocês (jornalistas), a torcida. Isso traz também só coisas positivas para a gente. É com muita alegria que recebemos os jogadores, temos um grande objetivo que é Copa do Mundo, e a Copa do Mundo para gente é o jogo contra a Colômbia. Vamos encarar o desafio com todas as forças, melhorar o desempenho em relação às outras partidas, a gente sabe que não foram tão bons quanto a gente queria. O positivo dar seguimento, e melhorar as coisas negativas.
Enfrentar o Luis Díaz
Foram momentos terríveis para a família dele e para nós que estamos muito próximos, uma situação que a gente fica sem ter muito o que fazer, só estar perto da pessoa, da família. Nós sul-americanos temos um convívio muito bem, procuramos ficar perto dele, dar força. O Liverpool também deu todo suporte que o jogador precisa. Eu passei um momento muito difícil lá, recebi todo apoio, muito mais que eu esperava, e vi o quanto era importante ajudar eles. Venho com muita alegria enfrentar ele, saber que o pai dele está bem, está vivo. Foi um grande trauma, vai precisar de tempo para recuperar, mas saber que ele vai estar assistindo de casa ou do estádio... O Luís é um grande jogador, vai dar trabalho para a gente, mas vamos tentar neutralizar, não só ele, mas todos da Colômbia.
Tem trote pra os novatos?
Claro que têm(risos). É muito fácil lidar com eles, essa nova geração de jogadores têm encarado de maneira diferente o desafio de vestir a camisa da Seleção e ser um jogador profissional. Têm demonstrado com palavras e atitudes que eles realmente querem evoluir, crescer, vir aqui, aprender, aumentar seu nível. São talentosos por natureza e eu tenho certeza que aqui, com a qualidade de trabalho, de grupo, todos eles podem crescer muito. E eles são jogadores que vão acabar decidindo para a gente as partidas. Todos tem uma importância extrema, os 11 que jogam e os que ficam de fora mas tem oportunidade de entrar, de jogar em outros momentos. Fico muito feliz de poder estar vivendo novo momento, ser um dos mais velhos da seleção, isso que sempre busquei aqui, longevidade. Eu sei que vem com consistência e trabalho bem executado, não só por temporada, mas a longo prazo. Não faço muitos planos para o futuro, mas algumas traço como meta, e essa sempre foi uma: ter longevidade na seleção. E depende estar atuando em alto nível, é muito objetivo, e o que eu eu puder contribuir com jogadores jovens eu vou contribuir.