ANÁLISE: Brasil perde quando ‘podia’ perder, mas muitos jogadores ficam devendo em derrota para Camarões

A última partida da Seleção Brasileira na fase de grupos da Copa do Mundo foi decepcionante. Apesar de classificado e recheado de reservas, o Brasil pouco criou e teve muita dificuldade para passar por Camarões. A derrota por 1 a 0 talvez seja injusta - o rival também pouco fez no ataque. Mas a Canarinho, em boa parte do tempo, jogou mal e não mereceu um resultado melhor.

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No Estádio Lusail, muitos dos reservas mais desperdiçaram do que aproveitaram a chance de ouro de aparecer para Tite em um teste de verdade. Os atletas, em grande maioria, não tiveram uma atuação das mais inspiradas.

Individualmente, o destaque foi Gabriel Martinelli. Dos pés do jogador do Arsenal saíram as chances mais perigosas do Brasil no jogo: ele obrigou o goleiro Epassy a fazer duas boas defesas. Por outro lado, os parceiros de ataque não acompanharam o ritmo.

Gabriel Jesus praticamente não tocou na bola, Antony não levou a melhor em muitos dos dribles que tentou, e Rodrygo foi pouco efetivo na função de criador. O coletivo não funcionou, e o Brasil dependeu de brilhos individuais, quase sempre ofuscados por uma atuação pobre.

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O gol de Aboubakar no fim foi um punhal, mas que não deve gerar, em tese, preocupação. O Brasil perdeu quando podia ter um revés, apesar de nunca ser bom ter um resultado negativo em uma competição de tiro curto. A classificação e o primeiro lugar não foram ameaçados, o que foi o mais importante.

Fica a pergunta: quais dos jogadores do banco de reservas podem entrar e mudar o rumo de uma partida decisiva de Copa do Mundo? A primeira amostragem deles como um conjunto foi bem negativa, mas os próximos contextos da Seleção Brasileira serão diferentes, com uma pressão maior.

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De qualquer forma, o Brasil se garantiu na liderança do Grupo G mesmo com a derrota. A equipe comandada por Tite volta aos gramados já na segunda-feira para enfrentar a Coreia do Sul, novamente no Estádio Lusail.