ANÁLISE: Fernando Diniz pode fazer Neymar voltar a ser ‘menino Ney’ na Seleção Brasileira
Jogando solto e com a bola nos pés, o camisa 10 pode ser, finalmente, aquilo que sempre esperamos dele com a Amarelinha
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Como é bom ver Neymar jogando solto pela Seleção Brasileira. Claro que ter cautela é bom, que foi só o primeiro jogo do Brasil comandado por Fernando Diniz e contra a frágil Bolívia, mas, principalmente o segundo tempo da goleada por 5 a 1 aplicada nesta sexta-feira (8), no estádio do Mangueirão, deu bom indícios de que o ‘Dinizismo’ tem grandes chances de fazer muito bem ao camisa 10 da Amarelinha.
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Atuando centralizado, Neymar foi um meia-atacante daqueles clássicos. Que ajudou a distribuir o jogo para os seus companheiros, apareceu pelos dois lados e chegou por trás, pisando na área e finalizando. Até porque os dois gols, que fizeram com que o jogador superasse o Rei Pelé e se tornasse o maior artilheiro da Seleção em jogos oficiais, foram marcados desta forma.
Ajudou bastante ao ‘menino Ney’ ter companheiros como, principalmente, Bruno Guimarães. O meia - e, sim, meia, não volante - é quem preenchia a faixa central quando o camisa 10 fazia as vezes de 7 ou 11, sustentando o jogo lateral dos pontas Raphinha e Rodrygo, que também fizeram uma ótima partida contra os bolivianos.
O estilo de jogo de Fernando Diniz, de ter a bola o máximo de tempo possível, é ótimo para quem sabe o que fazer com ela nos pés. Neymar é um dos que melhor faz isso. Quando a tem em seu domínio, ele a gruda para si de modo que para tirar só dando as tradicionais botinadas.
Contra a Bolívia, o camisa 10 teve visão de gol. Foi para cima com objetividade. Não sofreu falta andando para trás. Mostrou que dá para ser menino e ter maturidade ao mesmo tempo.
Onze em dez comentários sobre a Seleção Brasileira apontam que a falta de sucesso de Neymar com a Amarelinha é a falta de foco. E jogar na Arábia Saudita não é dos melhores lugares para se manter em alto nível, como gostaríamos. Mas se deixar o astro leve, pode ser de grande valia para quando ele representar o Brasil.
Deixa o menino correr, deixa o menino brincar. Deixa o homem voltar a ser menino. Deixa Neymar, em campo, ser sempre o menino Ney.
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