Maracanã, 70 anos: o estádio que ajudou a dar forma ao tri da Seleção
Em 1969, escrete canarinho dá sinais de que pode decolar na Copa do Mundo de 1970. Ao LANCE!, Tostão relembra maior público oficial do estádio e 'inspiração' nas Eliminatórias
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A saga até a Seleção Brasileira conquistar seu tricampeonato mundial (que está em meio às comemorações pelos seus 50 anos) teve o Maracanã como um dos grandes passos para se concretizar. Ainda com o Brasil comandado por João Saldanha, o estádio abrigou a contagem regressiva da caminhada canarinha nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1970.
A equipe vinha embalada por três vitórias convincentes fora de casa contra seus respectivos adversários no Grupo B (Colômbia, Venezuela e Paraguai). E no Maraca, a Seleção viu seu "Mineirinho de Ouro" se agigantar outra vez com a amarelinha.
- Foi o meu melhor momento ofensivamente na Seleção Brasileira. Tive o privilégio de ser artilheiro da Seleção nas Eliminatórias, foi um período no qual tive grandes atuações. Consegui na partida contra a Venezuela marcar três gols (o triunfo por 6 a 0 ficou completo graças a Jairzinho e dois gols de Pelé), um resultado que nos deu muita segurança para o jogo contra o Paraguai - afirmou Tostão, ao LANCE!.
O camisa 9 marcou cinco de seus dez gols nas Eliminatórias da Copa do Mundo no Maracanã. Antes dos três sobre a seleção "Vinotinto", Tostão havia balançado as redes em duas oportunidades na goleada por 6 a 2 sobre a Colômbia no mesmo palco.
O craque detalhou como foi a sensação de medir forças com os paraguaios na última rodada, naquela partida que registra o maior público oficial do Maracanã: 183.341 pessoas compareceram ao estádio em 31 de agosto de 1969.
- Foi uma coisa impressionante. Imaginar que tinham 183 mil pessoas torcendo pelo Brasil é de arrepiar. Jogávamos pelo empate para garantir a classificação (apenas o primeiro colocado de cada grupo obtinha a vaga no Mundial). Sair de lá com a vaga. após a vitória em um jogo difícil, foi emocionante - disse.
O esperado gol que ratificou a classificação saiu aos 23 minutos do segundo tempo. Edu chutou cruzado e o goleiro rebateu. Na sobra, Pelé encheu o pé para carimbar a passagem canarinha rumo ao México. Com 100% nas Eliminatórias, o tri ganhava forma.
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