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Tetra 25 anos: Parreira diz ter barrado Raí ‘por opção técnica’

Treinador chegou à Copa sob desconfiança de 24 anos sem título, mas fez com que a Seleção fosse praticamente perfeita durante a competição para conquistar o tetra

Galeria Copa 1994
imagem cameraComandante do Tetra caiu nas graças dos jogadores (Foto: Reprodução)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 09/07/2019
16:09
Atualizado em 14/07/2019
07:00

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No próximo dia 17 de julho se completam 25 anos do Tetracampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Em 1994, nos Estados Unidos, o Brasil colocou a quarta estrela no peito e encerrou um jejum de 24 anos sem títulos mundiais. O LANCE! conversou com o técnico Carlos Alberto Parreira, responsável por convocar e comandar a Seleção durante o Mundial.

CORTES POR LESÃO
Antes da Copa do Mundo, a Seleção de Parreira passou por uma baixa importante. O sistema defensivo, que contava com Ricardo Gomes e Mozer como peças importantes, ficou órfão destes zagueiros, que foram cortados por lesões dias antes do Mundial, mas segundo Parreira, o time em si não sofreu com os desfalques.

- A convocação tem uma base no trabalho que foi planejado, e ela deixa um pedaço para você mudar, não tem necessariamente um grupo fechado. Por sorte, começamos a Copa com praticamente o mesmo time que enfrentou o Uruguai, apenas sem o Ricardo Gomes, que sofreu uma lesão e ficou fora do Mundial. E isso foi muito importante, já que mantemos a mesma base e o estilo de jogo das Eliminatórias e não precisamos fazer nenhuma mudança drástica - destacou.

EXPULSÃO DE LEONARDO
Nas oitavas de finais, uma partida contra os Estados Unidos, no dia 4 de julho, feriado de Independência do país. Com a temperatura alta e um jogo muito truncado, o Brasil ainda teve mais uma adversidade durante os 90 minutos. Leonardo, lateral-esquerdo, em uma disputa de bola com Tab Ramos, acertou uma cotovelada em cheio no rosto do norte-americano. O brasileiro foi expulso, deixou a equipe com um jogador a menos, e desfalcou a Seleção até o final do Mundial.

- A sorte é que nós tínhamos o Branco, que já tinha disputado duas Copas do Mundo. Um jogador de grande nível, super experiente, que não tinha começado a Copa por conta de uma lesão, e ainda bem que deu tempo para ele se recuperar e entrar em campo em forma. O Leonardo estava muito bem, foi uma perda muito grande, mas tínhamos um jogador que substituiu à altura, entrou e foi importante em momentos decisivos - lembrou.

10 E FAIXA BARRADO
O Brasil contava com Raí como craque do time. Na época jogador do Paris Saint-Germain, o meia-atacante chegou no Mundial como o camisa 10 e capitão da equipe, e chegou a marcar de pênalti na estreia. No entanto, suas atuações abaixo da média fizeram com que Parreira o tirasse do time e optasse por Mazinho, que tomou a titularidade de Raí contra os Estados Unidos, e ficou entre os 11 iniciais até a decisão.

- Foi por opção técnica. O Raí foi o melhor jogador do Brasil, da América do Sul e foi importantíssimo durante as Eliminatórias. Mas logo após o jogo contra o Uruguai ele se transferiu para o PSG, e no primeiro ano ele quase não jogou, não conseguiu se adaptar bem, e isso coincidiu com a Copa do Mundo. Ele não chegou em sua melhor forma física e técnica, e foi uma decisão difícil. Mas não precisamos mudar o esquema tático, já que o Mazinho entrou, continuamos no 4-4-2 e isso foi importante - salientou Parreira.

EXPERIÊNCIA EM COPAS
Com o peso de não conquistar o Mundial desde 1970, o Brasil chegou para o Mundial nos Estados Unidos com Parreira muito pressionado, ainda pelos resultados ruins durante as Eliminatórias. O técnico, no entanto, afirmou que sua experiência foi importante para não se abalar e conseguir levar a Seleção até o quarto título mundial.

- Cheguei na Copa de 94 com a experiência de ter treinado o Kuwait por oito anos e fizemos a seleção ser a primeira da Ásia em tudo, e isso não é fácil. Jogar contra Japão, Iraque, Irã, China e ser o melhor não é simples. Foi muito importante esse aprendizado, além de ter estado na Copa de 70 junto com Zagallo, meu grande mentor, e isso tudo foi uma grande experiência. Quando cheguei em 1944, já tinha 15 anos como treinador, um título brasileiro com o Fluminense, duas Copas da Ásia com o Kuwait. Então, acho que cheguei no momento exato, muito bem preparado - finalizou.

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