Homem de 50 anos é indiciado por roubo a tenista juvenil no Rio Open

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) indiciará Marcelo Pinheiro Sampaio, morador da cidade de Itu (SP), por roubo após o homem de 50 anos tomar toalha da mão de um tenista de 13 anos durante o Rio Open 2025. Segundo a 14ª Delegacia de Polícia, do bairro do Leblon, Zona Sul da capital Fluminense, a investigação informa o “emprego efetivo de violência física” do rapaz contra um menor de idade; a pena vai de quatro a dez anos de reclusão.

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— A família recebe com alívio o fato das autoridades competentes darem prosseguimento à denúncia. Fizemos a nossa parte com o registro policial, certos do amparo legal — declarou Fernando Teixeira, pai do tenista.

No dia 19 de fevereiro, a dupla brasileira Rafael Matos e Marcelo Melo distribuiu alguns presentes para os torcedores após vitória pelas oitavas de final da competição. Com isso, uma das toalhas jogadas por Marcelo parou nas mãos do jovem, sócio do Jockey Club Brasileiro, sede do campeonato. O menino teria levado um chute e teve o item retirado de seus mãos pelo homem de 50, que também associado do clube e estava atrás dele. As imagens chegaram a aparecer durante a transmissão da partida nos canais Sportv.

Durante o ocorrido, o acusado Marcelo Pinheiro Sampaio declarou a site "ge" que o menino havia entrado na frende da toalha, que iria em sua direção, e por isso ele teria direito ao objeto. Além disso, ele negou roubo ou agressão ao jovem.

— Essa é a quinta vez que vou ao Rio Open, e sempre pego autógrafos dos jogadores, ganho toalha. Eu não encostei no menino. As imagens do vídeo mostram eu gesticulando com o pé, mas isso fui eu falando para ele que ele sentou no meu pé. Eu não o chutei e nem o agredi de maneira alguma. Jamais faria isso. Pois eu falei para ele "você senta em cima do meu pé, pega a toalha que era para mim, você interceptou ela por estar em lugar impróprio na frente do guarda corpo". Foi isso que o que aconteceu e sei que ele ganhou outra toalha pela organização — disse o indiciado na época do ocorrido.

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Contudo, de acordo com as informações divulgadas pela 14ª Delegacia de Polícia, o depoimento de um colaborador do torneio, que estava mediando a situação no instante em que foi gravado, foi essencial para o desdobramento do caso

“Demonstra que não houve mero desentendimento, mas sim emprego efetivo de violência física contra o menor, além de uma postura agressiva por parte do adulto, seguida de subtração do bem, que, conforme acima analisado, era de titularidade do adolescente, considerando seu êxito em agarrá-lo primeiro. Logo, restou demonstrada a materialidade do crime de roubo do artigo 157 do Código Penal. Há suficientes indícios de autoria. Toda dinâmica dos fatos apresentada pelo representante legal do adolescente foi corroborada pelo vídeo e pelos depoimentos colhidos”, segundo o relatório final da 14ª DP, do Leblon.