TIM 4G – Bruno Mazzeo: “Eu é que levava meu pai aos jogos”
Ator relembra a relação de amor com Chico Anysio e como o Vasco aproximou os dois
Que Chico Anysio era vascaíno, todo mundo sabe. Que Bruno Mazzeo herdou dele o amor pelo Vasco, também não é novidade. Mas o que pouca gente tem conhecimento é que, na verdade, o fanatismo pelo clube foi passado de filho para pai, e não o contrário, como costuma acontecer na maioria das famílias. Passadas mais de três décadas, Bruno, um autêntico torcedor TIM 4G, daqueles que sempre estão presentes e disponíveis quando o assunto é o Vascão, vê no filho João, de 12 anos, a continuidade de sua história com o Cruz-Maltino.
Não que Chico Anysio não amasse o Vasco. O genial humorista, ator e compositor (para ficar só nestas “profissões”), falecido há cinco anos, sempre foi vascaíno. Porém, nunca se preocupou em fazer a cabeça dos filhos para que torcessem pelo clube de São Januário, tanto que tem rubro-negros na prole. Com Bruno, no entanto, a história seria diferente.
O garoto tinha oito anos quando começou a frequentar o Maracanã. Ia com o tio, Zelito Viana, e com o primo, Marcos Palmeira, ambos vascaínos. O time tinha em Roberto Dinamite o grande ídolo. Romário dava os primeiros passos de uma brilhante carreira. E Geovani comandava o meio de campo. A paixão de Bruno pelo clube foi imediata. A tal ponto que Chico se viu intimado a acompanhar o então caçula nos jogos.
- Quando eu era moleque, meu pai estava no auge, fazendo shows sem parar. No fim de semana era raro ele ter folga. O Vasco foi uma descoberta minha. Quando ele viu a minha empolgação, começou a frequentar mais estádio. Eu é que o levava aos jogos – conta ele, que, assim como Chico, acumula “profissões”, como humorista, ator, roteirista...
Bruno, então, passou a “viver” de Vasco, algo que acontecia a muitos garotos da idade dele. O primeiro troféu que viu no estádio foi o da Taça Guanabara de 1985. Em 87, estava com o pai no Maracanã na conquista do Campeonato Carioca, com gol do Tita. Em 88, entrou em campo com o time e posou abraçado ao ídolo Geovani no pôster do bicampeonato estadual, antes do famoso gol do Cocada. Virou amigo do lateral-direito Paulo Roberto, que o levava a treinos e jogos. Presenciou os três chapéus seguidos que Vivinho aplicou em Capitão, da Portuguesa, antes de fazer um golaço em São Januário, em 89.
- Torcer pelo Vasco era para ser um hobby, mas de repente virou uma paixão, difícil de explicar. Hoje, vivo isso com meu filho (João), que está quase tão vascaíno quanto eu. O meu amor pelo Vasco é igual ao sentido por pai, filho ou irmão – declara-se o ator, que pode ser visto na TV interpretando um dos mais famosos personagens criados pelo pai, o Professor Raimundo.
Atualmente, Bruno ainda vai com frequência a estádios, quase sempre acompanhado do filho. No entanto, ele lamenta que hoje em dia o programa familiar, tão comum na infância dele, seja tão complicado. O ator cita a dificuldade na compra de ingressos, o preço das entradas e o estacionamento cada vez mais raro como fatores que afastam os torcedores de São Januário ou do Maracanã.
Quando não enfrentava estes problemas, Bruno era figurinha fácil nos jogos. Foi a Três Rios, Cabo Frio, Rua Bariri, Ilha do Governador, Conselheiro Galvão...
- Uma vez, numa quarta-feira chuvosa, fui sozinho ao Ítalo del Cima ver Campo Grande x Vasco. Eu tinha disposição e vivi grandes emoções com o Vasco – relembra.
Com tantas histórias ao lado do Vasco, Bruno vai enumerando outros ídolos. “Zé do Carmo, Bismarck, Ricardo Rocha, Valdir, Juninho”. O fim dos anos de 1990 e os títulos brasileiro (97) e da Libertadores (98), claro, têm lugar especial nas recordações:
- Em 97, acompanhei tudo, fui ao Morumbi assistir ao primeiro jogo da final contra o Palmeiras (0 x 0). Fiquei em pânico quando o Edmundo levou o amarelo, forçou o vermelho e ficou ameaçado de não disputar o segundo jogo. Em 98, teve a Libertadores. Estive em São Januário contra Cruzeiro, Grêmio e River Plate. Estava com a passagem comprada para Buenos Aires, no famoso jogo do gol do Juninho (contra o River), mas tive um problema na véspera e acabei não indo.
Bruno é tão vascaíno que, por diversas vezes, na dramaturgia, teve de interpretar personagens que tinham time de futebol. Porém, todos eles possuíam algo em comum.
- No filme Cilada.com, no humorístico Junto & Misturado e na novela A Regra do Jogo meus personagens torciam pelo Vasco e apareci com a camisa. Nunca nem pensei na possibilidade de interpretar um torcedor de outro time – comenta ele, que escreveu um livro sobre o clube: “365 motivos para ser vascaíno”.
Sobre o atual momento, Bruno mostra preocupação. E tem feito isto a cada jogo, via Twitter. O ator, um crítico ferrenho da diretoria vascaína, prega mudanças.
- Pelo que estou vendo, vamos ter fortes emoções até o fim do ano. O Milton Mendes (técnico) inventa mil coisas e não define nada no time. Temos carências no elenco, mas não sou a favor da troca de treinador. A mudança precisa ser muito maior, no posicionamento da diretoria. Temos de nos adaptar aos novos tempos. Com 40 anos, só vi três presidentes no clube. É muito pouco para um clube de massa. Os sintomas estão aparecendo – disse ele, que também vê pontos positivos no atual momento. – Gosto, em geral, da molecada que está entrando. Mateus Vital, Douglas, Paulo Vitor. Lamento que o Guilherme Costa não esteja recebendo mais chances.
Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM contará a história de outros torcedores famosos que dão “a maior cobertura”, “que estão sempre presentes” e “disponíveis” para o seu time. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.