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TIM 4G: Túlio, o Maravilha de General Severiano

Atacante de comemorações irreverentes e mais de 1.000 gols, segundo as próprias contas, fez história com a camisa do Botafogo

Túlio Maravilha - Botafogo
imagem camera(Foto: Alexandre Loureiro / Lancepress!)
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Lance!
Rio de Janeiro
Dia 30/08/2017
13:12

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Um dos jogadores mais folclóricos, bem-humorados e polêmicos do Brasil, Túlio Humberto Pereira Costa, o Túlio Maravilha, marcou época. Ídolo do Botafogo, com passagem por quase 40 clubes, foi artilheiro nas três principais divisões do futebol brasileiro e diz ter passado dos 1.000 gols na carreira. É um autêntico craque TIM 4G do passado e um dos homenageados pela TIM, patrocinadora dos quatro grandes clubes cariocas.

Túlio foi três vezes artilheiro do Brasileirão: em 1989, pelo Goiás, com apenas 20 anos, e em 1994 e 1995, pelo Botafogo. O feito até hoje foi alcançado apenas por Dadá Maravilha (1971, 1972 e 1976), Romário (2000, 2001 e 2005) e Fred (2012, 2014 e 2016). Foi o maior goleador da Série B, em 2008, pelo Vila Nova (GO), com 24 gols, e da Série C, em 2007, também pelo clube goiano, quando ajudou o time a subir para a Segunda Divisão, com 27 gols.

Torcedor do Vila Nova, o garoto que nasceu em Goiânia (GO) no dia 2 de junho de 1969 começou a carreira no rival Goiás. O faro para o gol apareceu cedo. Em 1987, com 18 anos, Túlio foi o artilheiro do Campeonato Goiano de juniores com 22 gols.
Chamou a atenção ao chegar à final da Copa do Brasil de 1990, quando perdeu a decisão para o Flamengo. Ficou no clube alviverde até 1992, quando foi jogar no Sion, da Suíça. Mas disse não ter se adaptado ao frio europeu e voltou ao Brasil, mais precisamente para o Botafogo.

Já dono de uma personalidade forte e com fama de matador, Túlio chegou ao Glorioso em 1994, aos 25 anos, e logo na estreia marcou três gols contra o América, pelo Campeonato Carioca. O atacante foi o artilheiro do Brasileiro daquele ano com 22 gols, mas só entraria mesmo para a história do clube no ano seguinte. Ele foi o maior destaque do Botafogo na conquista do Campeonato Brasileiro de 1995, competição na qual foi novamente o artilheiro, com 23 gols, se transformou no grande ídolo de General Severiano e passou a se intitular o Rei do Rio, numa disputa pelo posto com Romário, na época no Flamengo, e Renato Gaúcho, então no Fluminense.

Túlio ficou no Alvinegro até 1996, quando se transferiu para o Corinthians, com o status de maior transação do clube paulista na temporada. Mas ele não repetiu no Parque São Jorge as atuações que o fizeram virar ídolo no Botafogo e acabou cedido ao Vitória, que na época tinha o mesmo patrocinador do Timão, o Banco Excel. Ainda assim, foi o artilheiro do Campeonato Paulista daquele ano, com 13 gols.

O atacante voltou ao Glorioso em outras três oportunidades: 1998, 2000 e 2012, mas sem o mesmo sucesso anterior - embora tenha conquistado o Torneio Rio-São Paulo de 1998 com a camisa alvinegra.

Em 1999, foi contratado pelo Fluminense, mas teve passagem discreta, com dez gols em 22 jogos, em apenas seis meses. Naquele mesmo ano, atuou ainda por Cruzeiro e Vila Nova. Túlio defendeu também clubes como Volta Redonda, São Caetano, Juventude, Anapolina, Jorge Wilstermann (Bolívia), Tupi, Atlético-GO, Santa Cruz, Goiânia, Vilavelhense, Brasiliense, Canedense (GO), Araxá (MG), Bonsucesso, Itumbiara, entre outros.

Oficialmente, anunciou a aposentadoria no dia 8 de fevereiro de 2014, depois de marcar o milésimo gol, segundo as próprias contas, de pênalti, pelo Araxá, contra o Mamoré, pela Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, num jogo que contou com apenas 36 pagantes. Ele entrou em campo com a camisa número 999 e, depois do gol, que paralisou a partida e transformou o gramado em uma grande festa, trocou o uniforme para o número 1.000.

Em novembro de 2016, aos 47 anos, no entanto, o artilheiro surpreendeu ao ser apresentado pelo Taboão da Serra (SP) para disputar a Série A-3 do Campeonato Paulista ao lado do filho, Tulinho. Marcou três gols no clube e, aí sim, encerrou a carreira com 1.003 tentos, pelas próprias contas.

Em 2008, foi eleito vereador em Goiânia (2008), com 9 mil votos, cargo que exerceu até 2011. Em 2010, chegou a disputar a eleição para deputado estadual pelo PMDB de Goiás, mas obteve apenas 4.500 votos e não se elegeu.

Túlio nunca perdeu um jogo com a camisa da Seleção Brasileira, entre os anos de 1990 e 1995. Com a Amarelinha, ele fez 15 jogos (11 vitórias e quatro empates) e marcou 13 gols. O gol mais famoso, e polêmico, dele na Seleção foi na Copa América de 1995, contra a Argentina, depois de ajeitar a bola com o braço esquerdo.

Afiado com os pés e com a língua, Túlio acumula polêmicas, frases de efeito e comemorações criativas. Na primeira partida da final do Brasileiro de 1995, contra o Santos, no Maracanã, Wilson Gottardo abriu o placar para os donos da casa e Giovanni empatou para o rival. Aos 44 minutos do segundo tempo, Túlio marcou o gol da vitória e comemorou com um soco no ar, gesto que sempre foi a marca registrada de Pelé, pai do goleiro santista Edinho, filho do Rei.

No jogo de volta, em São Paulo, mais polêmica. A começar pelo próprio gol de Túlio, marcado quando o placar ainda estava 0 a 0, em condição de impedimento, e validado pelo árbitro Márcio Rezende de Freitas. O confronto terminou 1 a 1, resultado que deu o título ao Botafogo.

Mesmo fora dos gramados, o atacante chama atenção. Em junho de 2017, ele criou a própria paródia do hit “Despacito”, chamada “Mil Golzito”, que viralizou nas redes sociais. O refrão da música diz: “Sou o brasileiro que fez ‘mil golzito’, não sou o único, mas sou o mais bonito, de gol eu entendo, eu sou favorito”.

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM homenageará até o fim de 2017 jogadores do passado dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, que, de forma geral, apresentaram os atributos “G” (Garra, Gênio, Gigante, Grandeza) quando atuavam. Periodicamente, contaremos um pouco da história destes craques e o motivo deles terem sido escolhidos. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.

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