A-CAP coloca todos os clubes da 777 à venda, incluindo o Vasco
Empresa americana entrou em falência, e controladora procura investidores
Com problemas na Justiça, a A-CAP, controladora da 777 Partners, colocou à venda todos os ativos da empresa americana, incluindo sete clubes de futebol, aviões e iates, segundo o site norueguês "Josimar Football”. A empresa de Josh Wander foi afastada judicialmente da SAF do Vasco, em maio, e entrou em colapso.
A empresa americana detinha participações no Standard de Liège, Genoa CFC, Red Star FC, Hertha Berlin, Sevilla, Vasco e Melbourne Victory, e deixou de existir como uma empresa em atividade. O controle de todos esses clubes foi tomado pela empresa de investimentos A-CAP, sediada em Nova York, principal financiadora da 777 Partners, que instruiu o banco de investimentos Moelis & Co a analisar a viabilidade de vender todos os clubes, mas tem encontrado dificuldade em achar investidores.
Segundo a reportagem, além dos clubes, a controladora colocou à venda um iate luxuoso de US$ 1,875 milhão (R$ 9,8 milhões) e o jato particular de Josh Wander, avaliado em cerca de US$ 20 milhões (R$ 109 milhões).
Nas últimas semanas, a 777 Partners foi despejada de seus escritórios em Miami e Newport Beach por causa de aluguel não pago, teve uma ordem judicial do Reino Unido para liquidar sua filial em Londres e perdeu o controle de seu time de basquete, London Lions, que evitou por pouco fechar as portas.
Vasco associativo afastou 777 em maio
Em meio às notícias de falência da empresa americana, o presidente do Vasco, Pedrinho, entrou com uma liminar na Justiça para suspender o contrato e afastar a 777 Partners do controle da SAF do Vasco, que agora está sob o comando do associativo.
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Em agosto, após sorteio da Copa do Brasil, na CBF, o dirigente falou sobre as negociações para conseguir um investidor para o clube.
– Tem alguns interessados. Mas é uma conversa muito complexa. Tenho uma responsabilidade enorme para não errar como erraram anteriormente. Não é nada imediato, não é nada concreto. São avaliações, pesquisas, procuras, mas superficiais.
De acordo com a reportagem do site "Josimar", a dívida da empresa atualmente ultrapassa US$ 600 milhões com juros. A 777 continuava sendo a proprietária legal do Genoa, e o diretor esportivo, Joannes Spors, ainda estava no comando da operação. Porém, Andrés Blazquez, CEO do clube italiano, revelou que a divisão de futebol do grupo estava "sendo liquidada" e que ele não sabia o que aconteceria com o resultado. Segundo Blazquez, "três ou quatro" potenciais compradores não identificados expressaram interesse em adquirir o clube, porque agora estava "em uma posição financeira melhor do que quando a 777 o comprou".
Em julho, durante coletiva de imprensa, Pedrinho falou sobre a relação amistosa entre Vasco e a A-CAP, e que o principal objetivo, no momento, é buscar novos investidores.
– Como eles foram cordiais e gentis, a gente espera que a relação termine também de uma forma boa para ambos os lados. A busca por um novo investidor não é somente financeira, porque isso é o que a gente mais tem recebido do mercado. É saber quem vai fazer parte da instituição Vasco da Gama, para que a gente não cometa o mesmo erro que foi cometido.