Além da série: Vasco projeta modernização e aumento de receitas
'Vasco Transparente', no Facebook, e outros movimentos pretendem mudar a imagem do Cruz-Maltino junto à torcida e ao mercado. LANCE! falou com dirigentes do clube
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Na última sexta-feira, o Vasco lançou o primeiro episódio da série "Vasco Transparente", com exibição no Facebook. São 13 episódios no total, numa busca do clube de mostrar bastidores da atual gestão, presidida por Alexandre Campello. Mas o projeto lançado no fim deste 2018 é apenas um dos modos da diretoria trabalhar para melhorar a imagem cruz-maltina e angariar receitas.
O entendimento é de que os problemas e as confusões em campo e fora dele diminuíram a visibilidade dos bons momentos do clube nos últimos tempos. Desta forma, a apresentação para investidores, há cerca de duas semanas, foi um passo. De acordo com Bruno Maia, vice-presidente de Marketing do clube, a instituição pode gerar mais dinheiro.
- Um dos principais desafios é pulverizar as (fontes de) receitas para além do patrocínio master. A gente começou e vamos continuar subindo o sarrafo. Não queremos ficar dependentes só de uma receita. Precisamos gerar receita. Essa torcida e esse clube são dos cinco maiores do Brasil. Vamos buscar aumentar as receitas a longo prazo - explica Maia, ao LANCE!.
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A maior parte dos episódios da série já está pronta, e a parceria com a rede social faz valores - não divulgados - entrarem nos cofres do Vasco de imediato. Porém, a intenção maior é produzir uma teia de rendimentos. Boa notícia que vira lucro, novas boas notícias e novos lucros. É o que o vice-presidente de Relações Públicas, Claudio Fernandez, chama de "juros compostos".
- A receita é direta e indireta. Direta na fonte, pelo contrato com o Facebook, já está na contabilidade; e indireta porque ajuda a construir juros compostos. Não sou eu falando uma vez ou um evento com investidores. É investimento sobre investimento. O valor do Vasco cresce a cada movimento desse. O intangível é muito grande - analisa, também ao LANCE!.
A melhora literal na imagem do clube é algo ressaltado pelos dois dirigentes ouvidos pelo L!, que veem na qualidade dos equipamentos e de acabamento utilizados na série alvo louvável. Mas outro projeto, este de grandes proporções, também pretende modernizar o clube, na prática e na estética: a reforma do Estádio de São Januário.
O projeto apresentado a investidores no evento de duas semanas atrás está orçado em pouco mais de R$ 200 milhões e previsto de ser executado em três etapas. A entrega total, se dentro do prazo, seria em nove anos. Para obter tais receitas, um fundo de investimentos e a venda de camarotes - esta para a primeira fase, no lado das cadeiras sociais - vão custear. E as primeiras respostas foram positivas, de acordo com Claudio Fernandez.
- Temos retornos firmes da compra de camarotes. É um projeto total para 2027 e o valor não é irrealizável. A gente se compromete a entregar uma parte em 2020. Cabe ao próximo presidente, seja o Campello ou não, continuar. Ele (o projeto) é quase que autofinanciável, na primeira parte. Quando entregamos camarotes, estamos mudando a realidade de São Januário. Vira um lugar de interesse das grandes empresas do Rio de Janeiro - entende o dirigente.
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