ANÁLISE: Vasco tem que aprimorar fundamento para ‘a bola não punir’ futuramente
Mesmo com a vitória, Cruz-Maltino precisa qualificar as finalizações, tendo em vista que 'quem não faz, leva'
O Vasco ganhou do Botafogo e quebrou um tabu de nove clássicos sem vencer um rival carioca. O técnico Maurício Barbieri repetiu a estratégia que deu certo contra o Fluminense. No entanto, desta vez, situações atípicas de jogo influenciaram no placar final. No caso, as duas expulsões.
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No momento da primeira expulsão, o Vasco teve mais liberdade para flutuar em campo, fazer variações táticas, transações rápidas e testar outros aspectos. Uma das características do time, notadamente treinada por Maurício Barbieri, é explorar os lados de campo. Sobretudo, em profundidade. E foi assim que o Cruz-Maltino teve volume de jogo e criou diversas oportunidades. Inclusive, perdidas de maneira inacreditável. Uma delas foi o gol que Pedro Raul perdeu dentro da pequena área, sozinho e sem goleiro.
Ainda no final do primeiro tempo, o Botafogo teve o segundo jogador expulso. A partir daí, a vida do Vasco ficou duplamente facilitada. Quando começou o segundo tempo, a equipe continuou a explorar os lados do campo e quase não criou pelo meio. Pedro Raul teve mais duas chances claras e não marcou.
Tempo vai, tempo vem, até que Puma Rodríguez cruza na medida para Alex Teixeira cabecear e abrir o placar. Momentos depois, Nenê cobrou um escanteio e, depois de tentar insistentemente, Pedro Raul marcou e ampliou o placar. O Vasco abriu 2 a 0 e administrou o resultado.
A vitória poderia ter sido mais elástica. Até mesmo uma goleada. E isso só foi impedido em razão de dois fatores: a noite inspirada de Lucas Perri e a pontaria do Vasco. Mais um vez, o time impressionou na quantidade de chances perdidas.
É de conhecimento de todos que o Campeonato Carioca é um teste, mas finalização é fundamento, e a pontaria tem que estar em dia. Até porque quando estiver "valendo à vera", a bola pode punir. "Quem não faz, leva".