Ao LANCE!, torcedora do Vasco relata momentos aterrorizantes na saída da Ilha do Retiro: ‘Guerra imensa’
Depois da confusão, vascaínos só conseguiram sair do estádio após duas horas e meia e contam que as cenas lamentáveis se estenderam para o lado de fora
Era tudo para ser uma noite mágica para os torcedores do Vasco, que viajaram quilômetros para acompanhar a equipe na Ilha do Retiro. Contudo, os vascaínos que estiveram presentes no empate com o Sport, neste domingo, viveram momentos de terror. Foi o caso da Louise Almeida, que, ao LANCE!, contou o sufoco que passou dentro e fora do estádio.
- Estávamos com jovens de 15 a 16 anos, idosos, adultos e várias mulheres dentro da excursão. Saímos de João Pessoa com 80 pessoas. Só conseguimos sair do estádio umas 20h30 - relatou Louise, que completou afirmando que ao lado de fora da Ilha do Retiro, parecia uma guerra:
- Uma espera longa sem sabermos o que estava acontecendo. Se iria voltar, se não iria. E do lado de fora era uma guerra imensa. Não sabíamos se era bala ou rojões.
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Para completar, o ônibus que transportava os torcedores, incluindo Louise, foi apedrejado e teve o vidro quebrado. E segundo a vascaína, o ocorrido foi em razão da polícia fazer a escolta até a estrada.
- Alguns hematomas foi na hora de nos abaixarmos no ônibus. Vidro quebrado, passageiro com vidro na perna sangrando. O vidro quase entrou no olho de outro torcedor - disse a torcedora.
- Foi realmente muito aterrorizante. Muitos torcedores assustados. Na nossa torcida tinham muitas mulheres e crianças e, mesmo assim, isso tudo foi porque a polícia de Pernambuco não escoltou nossos ônibus até a BR-101. E deu no que deu.
ENTENDA A CONFUSÃO
A torcida rubro-negra chegou a invadir o campo e tentou partir para cima dos atletas do Vasco após o gol de empate. A polícia chegou a tempo e conteve os invasores. Apesar disso, lamentavelmente, uma bombeira foi agredida no momento que estava socorrendo torcedores.
Os vascaínos se sentiram acuados e correram para dentro do vestiário. Além disso, decidiram por não voltarem a campo. Porém, voltariam se tivessem garantias de que teria 100% da segurança para a bola voltar a rolar.
O jogo ficou paralisado por quase uma hora. Depois de muita conversa entre os dirigentes, arbitragem e a polícia militar local, o árbitro Raphael Claus chamou a responsabilidade e determinou o encerramento da partida, por falta de segurança. Com isso, Claus corroborou com a decisão do Vasco.
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No próximo sábado, o Vasco volta a jogar em São Januário, onde vai encarar o Criciúma, diante da força da sua torcida. Agora restam apenas três rodadas para o término da Série B. E para garantir o acesso à elite do futebol nacional, o Gigante da Colina precisa de cinco pontos dos nove que estão em disputa.