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Atuação do Vasco desrespeita a história do clube e alerta para a realidade do time em todos os níveis

Faltou de tudo diante do Ceará. No ataque, na marcação e na estratégia. Um reflexo do mau planejamento. Diante de tanta coisa errada, fugir do rebaixamento é a necessidade

São Januário
imagem cameraSão Januário foi palco de uma noite desastrosa do Vasco (Foto: Reprodução/Twitter Vasco)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 30/11/2020
22:31
Atualizado em 01/12/2020
08:13

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Qualquer adjetivo ou substantivo negativo que eu utilizasse para definir a atuação do Vasco contra o Ceará, na noite desta segunda-feira, seria pouco. Mas vamos lá. Foi uma vergonha. Um desrespeito à história do clube. Uma coletânea de erros em todos os setores e momentos. É possível elencá-los.

No primeiro gol, um erro crasso de Carlinhos no domínio. Nove minutos depois, Leandro Castan perdeu disputa com Cléber e precisou que Lucão salvasse. Para a bola entrar novamente, Léo Matos foi pouco firme na marcação e Ricardo Graça deixou o mesmo centroavante sozinho para converter.

Há quem cobre Gustavo Torres pela bola perdida no lance do terceiro gol. Como o comentarista de arbitragem da transmissão do Premiere discordou do árbitro de campo e viu falta na jogada, não serei eu a definir o que houve no lance. No quarto gol, o pênalti de Miranda foi claro.

-> Confira a tabela do Campeonato Brasileiro

Fora os erros de passe, a insistente pouca criação e a também frágil capacidade de marcação no meio-campo, que voltou a ser notada. Individual, coletiva e taticamente o Vasco viveu um dia de filme de terror.

Cheguei a tuitar, durante a partida, que uma derrota pelo mesmo placar, mas fora de casa e para um time mais forte foi justificativa para a demissão de Ramon Menezes. Registrei também a declaração de Vina, do time vencedor, citando que, no primeiro turno, o visitante também aprontou. Desta vez, no entanto, o resultado traduziu melhor o que foi a partida.

Após a partida desta segunda-feira, o técnico interino, Alexandre Grasseli, revelou que houve cobranças a jogadores e comissão técnica. O que se traduz como da diretoria. Mas também são justas as cobranças sobre quem montou um elenco que depende de um centroavante para marcar metade de seus gols.

Também é nítida a dificuldade criativa. Mesmo quando há Benítez. Imagine quando ele não pode jogar. Tem muita coisa errada no Vasco.

O time jogou mal contra o Defensa y Justicia e deu um absoluto vexame pleno São Januário, nesta segunda-feira. Novamente diante do time argentino, nesta quinta, o fato de ser uma competição mata-mata deixa a partida diferente e permite até pensar que a classificação é possível. Será preciso jogar muito melhor diante de uma equipe bem treinada.

O problema maior é o Campeonato Brasileiro. O que aconteceu na Colina pode ter sido um choque de realidade diante de um adversário direto, mas também pode deixar marcas de difícil cicatrização se a aparente apatia não for resolvida.

O time que cria pouco. Um time que tem poucos goleadores. Um time que desarma pouco. Um time que parecia ter ajustado a defesa, mas bateu cabeça contra um rival de modesta aspiração. Se não houver gana e concentração, o rebaixamento no Campeonato Brasileiro vai acabar se tornando uma realidade justa.

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