Falta precisão: Vasco até cria, mas desperdiça chances para matar jogos
Até aqui na temporada, equipe comandada por Alberto Valentim encontra oportunidades de balançar as redes, mas encontra dificuldade em finalizá-las
O Vasco derrotou o Bangu por 1 a 0 e se garantiu na final da Taça Rio, mas o placar mínimo, construído graças a um gol de Tiago Reis, poderia ter sido maior. O Cruz-Maltino desperdiçou chances claras e oportunidades de contra-ataque com superioridade numérica e perdeu a chance de garantir uma vitória com maior margem e, assim, evitar que o adversário marcasse nos minutos finais, assim como aconteceu contra o próprio Bangu, na fase de grupos.
Porém, não é a primeira vez que essa situação acontece. A equipe comandada por Alberto Valentim consegue criar chances de gol, mas possui dificuldade em concluí-las. Contra o Bangu, o Cruz-Maltino finalizou 21 vezes: 12 não foram na direção do gol defendido por Jefferson Paulino e, das nove que foram corretas, muitas passaram longe de balançar as redes.
A má pontaria foi apenas um dos problemas do Vasco no Maracanã. Na etapa complementar, o Bangu apareceu mais ao ataque e, consequentemente, deu espaço à equipe de Alberto Valentim, que, mesmo construindo algumas situações em velocidade de três jogadores contra um marcador, desperdiçava a chance, seja por um passe ou escolhas erradas. Na entrevista após a partida, o treinador elogiou o desempenho, mas bateu na tecla dos lances perdidos.
- Gostei muito da atuação do time. Lógico que se tivéssemos matado o jogo com dois, três contra-ataques, mas começar a coletiva com isso... Gostei muito da equipe. Adversário difícil, time organizado, com velocidade. Tínhamos preocupação enorme. Podíamos ter feito o gol no primeiro tempo - afirmou.
O Vasco é o clube que mais finaliza no Campeonato Carioca, mas, ao mesmo tempo, também a equipe que mais erra chutes. Até aqui, o Cruz-Maltino chutou à meta adversária em 220 oportunidades: 132 erradas, 88 corretas e com 21 gols marcados, sendo o terceiro melhor ataque da competição. Em média, a equipe de Alberto Valentim finaliza 15,7 vezes por partida e 9,4 não acertam o alvo da meta adversária.