No retorno da torcida, Vasco precisa fazer de São Januário um aliado na luta contra o rebaixamento
Cruz-Maltino vai em busca da primeira vitória com público no estádio no Brasileirão deste ano
Depois de quase três meses, o Vasco contará com o apoio do seu torcedor em São Januário. O Cruz-Maltino tem, nesta quinta-feira (21), às 19h, um confronto direto contra o Coritiba, que também luta contra o rebaixamento no Brasileirão. No entanto, é esperado que a história seja diferente do que foi no primeiro turno da competição.
Antes da interdição da Colina histórica, o Vasco havia perdido todos os jogos com torcida no estádio. As derrotas tiveram um gosto ainda pior por envolverem rivais que aparecem na parte de baixo da tabela, como Bahia, Santos e Goiás. O último revés despertou a ira em parte da torcida, desencandeando atos de violência após o apito final.
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A derrota causou a demissão do técnico Maurício Barbieri, punição ao Vasco pelo STJD e interdição de São Januário pela Justiça. Só que isso ficou no passado. O Cruz-Maltino trouxe Ramón Díaz, se reforçou e vive atualmente uma nova fase, dando esperanças reais de que pode escapar do rebaixamento.
Para isso acontecer, é preciso que São Januário se transforme, enfim, no "Território Hostil", alcunha conhecida de seus torcedores e adversários. Até o final do Campeonato Brasileiro, o Vasco será mandante em oito jogos. A tendência é de que apenas um não seja disputado em São Januário, contra o Botafogo, já que o estádio está proibido de receber clássicos pela Polícia Militar.
De todo modo, serão disputados 24 pontos sob o apoio do seu torcedor. Se conquistadas as vitórias, o Vasco chegará aos 44 pontos, pontuação que reduz o risco de rebaixamento para 5,76%, de acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais.
Vale destacar que o Vasco tem um jogo a menos, que será disputado contra o América-MG, segunda-feira (25), no Independência. Portanto, em caso de vitória sobre o Coritiba, o Cruz-Maltino poderá sair da zona de rebaixamento já na próxima semana, um cenário que há três meses era dado como impossível.