Da Nova Holanda para o mundo: Douglas dribla dificuldades, explode no Vasco e encanta os ingleses
Em entrevista ao L! na semana passada, joia cita obstáculos para chegar ao Cruz-Maltino, destaca força da família e sente-se orgulhoso de virar exemplo para meninos onde cresceu
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Colaboração: Gerard Laurence
A história de Douglas Luiz Soares de Paula se confunde com muitas espalhadas pelo Brasil. Garoto de origem humilde, que ama jogar bola e sonha, quem sabe, em chegar ao olimpo dos jogadores que dão certo no futebol. Com ele isso começou a se tornar um pouco mais real aos 15 anos, quando o Vasco achou o "moleque" em um projeto na Comunidade Nova Holanda, favela do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Aprovado em uma peneira, passou a atuar na base cruz-maltina.
Mesmo que "tardiamente" e com muitos obstáculos pela frente, inclusive ao lado de sua casa, com tiroteios que impediram suas idas a alguns treinos, seguiu em frente. Não tinha certeza se vingaria, mas tinha fé no seu potencial. O talento e a estrela, contudo, brilharam na hora certa. Jorginho, então técnico do Vasco, teve o olhar clínico. Era a oportunidade da vida. O volante aproveitou e virou titular incontestável aos 18 anos. Menos de um ano depois de virar profissional, a aposta virou certeza, tanto que o Manchester City será a sua próxima parada em uma trajetória precoce de sucesso. Os Citizens pagarão R$ 55.7 milhões (o Vasco não confirmou a negociação).
Em entrevista concedida ao LANCE! na semana passada, antes do clássico contra o Flamengo e da concretização da venda para o futebol inglês - deve passar primeiro pelo Girona, da Espanha - a joia fez um balanço do seu ano em São Januário (onde virou exemplo), da importância da família e profissionais que deram dicas valiosas, sonhos e, claro, da felicidade de ser o orgulho da comunidade Nova Holanda.
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