OPINIÃO: ‘Derrota para o Botafogo dá um choque de realidade ao Vasco’

A derrota do Vasco para o Botafogo na noite da última quarta-feira, no Nilton Santos, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, deu para a equipe comandada por Milton Mendes um choque de realidade. Até então era a melhor do Rio de Janeiro, dentro da zona da Conmebol Libertadores. E mais uma vez em campo apresentou falhas que precisam ser corrigidas antes que seja tarde demais. Não pode mais dizer que a competição ainda está no início, domingo, diante do Atlético-GO, já é a rodada de número dez.

Primeiro de tudo é a forma de jogar. Fora de São Januário, mesmo sendo ainda no Rio de Janeiro, mais uma vez o Vasco não conseguiu se impor como se espera. Já são quatro partidas disputados pelo Cruz-Maltino longe de seu estádio e quatro derrotas, basicamente com os mesmos equívocos. Falta de atenção no início fazendo com que a equipe sofra gols, ligação entre os setores defensivo e ofensivo devendo demais... E principalmente falta de efetividade. O que adianta chegar no ataque e não colocar a bola para dentro?

Milton Mendes sabe que a estratégia tem de mudar. Acabam dependendo de jogadas isoladas para que os gols sejam feitos, o que não é bom para a saúde do Vasco. Principalmente de Nenê e Luis Fabiano, os mais experientes do elenco cruz-maltino que sabem da qualidade que possuem e tentam de tudo. O gol de Caio Monteiro na derrota por 3 a 1 para o Alvinegro saiu justamente na única vez que os camisas 9 e 10 se entenderam e criaram isoladamente, com efetividade para que o gol fosse marcado.

O Vasco tem que se impor mais. O elenco não é isso tudo que se tenta projetar. Precisa de peças de mais qualidade. Bruno Paulista está para ser regularizado pelo clube e ajudará bastante no meio de campo. Mas também não é um elenco para sofrer. Tem dias que o atleta não está muito bem. Paulão na zaga, por exemplo, vinha jogando bem e diante do Botafogo fez uma de suas piores partidas. Mateus Vital vinha ajudando bastante na criação e mais uma vez ficou aquém... E é aí que a estratégia tem de funcionar. Com esse choque de realidade o processo deve ser acelerado.