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Pássaro destaca ‘número mágico’ para o Vasco garantir o acesso: ‘Precisamos chegar a 64 pontos’

Diretor executivo afirmou que espera que essa queda ensine e que o Cruz-Maltino não passe mais pela Série B. Ele também ressaltou o equilíbrio desta edição da competição

Alexandre Pássaro - Vasco
Alexandre Pássaro falou sobre o momento do Vasco na Série B (Rafael Ribeiro/Vasco.com.br)

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O Vasco segue embalado após três vitórias seguidas e sonha em voltar à elite do futebol brasileiro. Nesta semana, o diretor executivo, Alexandre Pássaro, participou do podcast "Rolou o Melão", da Espn Brasil, e fez uma análise do trabalho até aqui. O profissional também contou bastidores da Colina e ressaltou a importância do acesso não só para o lado financeiro, como também o esportivo do clube. 

- Acho que a necessidade de o Vasco subir é maior do que a necessidade de dinheiro que o acesso concede. O Vasco precisa subir para que não fique mais tempo distante, não só do dinheiro, mas de sua história, dos seus valores, da sua torcida, do seu tamanho - disse, e acrescentou: 

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- O Vasco na Série B, e pela quarta vez nos últimos anos, é um desalinhamento gigante entre tamanho, torcida, história e a realidade. Isso é muito triste. As outras quedas com certeza não ensinaram nada ao Vasco. A gente espera que essa nos ensine e que o Vasco não passe por isso novamente", disse Pássaro, que também falou sobre o lado financeiro:

- Sobre o ponto de vista financeiro, que acaba sendo secundário nesse momento, seria muito bom. Um acelerador de todo o projeto traçado pela gestão do Jorge Salgado que o Vasco subisse. Na verdade, esse já é um ano de atraso. Mas acabou sendo, por outro lado, uma oportunidade para fazer um ajuste mais radical do que a gente teria que fazer na Série A. O Vasco precisa subir por seu tamanho, importância. E será muito bom que suba. Outro ano na Série B será mais difícil ou mais do que esse - analisou.

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Na tabela, o Vasco conviveu em um verdadeira gangorra desde o início da competição e ainda não conseguiu se estabilizar no G4. De acordo com Pássaro, a equipe trabalha com um "número mágico" para retornar a primeira divisão. Com 43 pontos, o Cruz-Maltino está a cinco pontos do Goiás, atual quarto colocado, restando de rodadas para o fim da competição.

- Antes de começar o campeonato a gente pegou praticamente os últimos dez anos, e o que a gente encontrou é que 64 pontos acaba sendo praticamente o número mágico. 32 pontos no primeiro turno e 32 no segundo. Com a exceção de um ano, se não me engano, em que o 4º colocado subiu com 65. Então, por amostragem, a gente entente que acaba subindo com 64 pontos. Essa é uma conta final que a gente faz, mas hoje fazemos a conta jogo a jogo. Mas a gente sabe que para ter alguma segurança lá no fim precisamos chegar a 64 pontos - destacou o diretor, e emendou salientando o equilíbrio da competição:

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- Agora, a gente sabe também que essa Série B está sendo uma das mais equilibradas dos últimos tempos. Tem muita gente perdendo ponto, e o sobe-desce da tabela está sendo muito intenso, tirando o Coritiba que está bem praticamente desde o começo. O que isso vai refletir no final da competição, a gente ainda não sabe. Para não correr riscos, a gente quer chegar no final do campeonato com 64 pontos. Se gente em algum momento fizer uma conta de que precisamos de menos, vai nos dar uma tranquilidade maior - analisou.

Por fim, Alexandre Pássaro explicou como aconteceu a construção do elenco vascaíno desde o início da temporada. Ele também revelou como foi a negociação para o retorno de Nene e elogiou o experiente jogador ao dizer que ele mudou o ambiente e contagiou o vestiário da equipe. 

- Em março, quando aprovamos o plano do futebol com o presidente (Jorge Salgado), apresentei momentos que seriam chave na montagem do elenco. Primeira montagem no Carioca, algumas peças novas no Brasileiro, no meio da janela reposição para perdas e ajuste final em agosto. Foi o que fizemos. Trouxemos o Walber pelo doping do Miranda, trouxemos o Sánchez pois perdemos Morato por Covid e identificamos a necessidade. E o Nenê acabou sendo uma peça. A gente tinha o Marquinhos Gabriel e o Sarrafiore, então, o Nenê não foi só uma peça, mas a figura. Ele serviria em qualquer desses momentos, mas acabou sendo viável nesse período agora - explicou, e finalizou:

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- A gente viu no Nenê uma figura para ajudar a mudar o ambiente. Ele muda vestiário, ele fala com o árbitro, ele chama a marcação, ele treina como se fosse um menino. Ele tem alegria para jogar que é contagiante. Quem está do lado dele, eu acho, não se dá o direito de ter um dia ruim. Quando apareceu o Nenê, a gente não teve dúvida. Atrasou um pouco pois o Lisca ainda não tinha a convicção de que era necessário, e aqui a gente respeita e trabalha em conjunto. Com o Diniz, a coisa se acelerou e gera resultado - disse.

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