Rafael Paiva vislumbra futuro como técnico do Vasco: ‘Estou mais estabilizado’
Treinador cruz-maltino dá a entender que, internamente, é visto como efetivado
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Rafael Paiva ainda não foi oficialmente efetivado pelo Vasco. Porém, internamente, é tratado como o técnico efetivado. Ao pisar na beira do campo no domingo (18), o treinador vai completar 14 jogos no comando do Cruz-Maltino.
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A gente trata todo jogo como final desde o meu primeiro jogo. Até porque eu estava de uma forma mais interina, então não sabia quando seria o último jogo. Isso ajudou muito a gente estar com nível de concentração altíssimo. Agora que estou mais estabilizado, ter a confiança do grupo facilita muito para construir o jogo sempre em busca da vitória
disse Rafael Paiva em entrevista ao "ge". E emendou:
- A gente não abre mão disso, independentemente de onde e contra quem a gente joga. Tanto o Brasileiro quanto a Copa do Brasil têm complexidade muito alta, não dá para vacilar. A gente encara todo jogo como se fosse o mais importante, como se fosse o último.
Questionado sobre estar de forma interina "no passado", Rafael Paiva revelou que encara como se fosse um processo. Inclusive, o técnico já vislumbra os jogos até o final da temporada.
- Já são 17 jogos, então encaro como um processo. Consigo visualizar mais jogos pela frente, mais o final do ano. Eu tenho buscado ser assim na minha cabeça, trabalhando não só para o próximo jogo, mas pensando mais para a frente. Na minha cabeça tem sido assim para construir da melhor maneira nosso rendimento nas competições
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VASCO X CRICIÚMA
- Eu não estava no estádio, geralmente eu acompanho. Assisti ao jogo e recebi o telefonema um tempo depois do jogo. Já sabia que poderia acontecer a qualquer momento por estar no sub-20, é um processo normal dos clubes. Eu estava sempre estudando o profissional, analisando os jogos. Eu já me sentia um pouco preparado para essa missão. Não desejava que fosse tão cedo, mas aconteceu e, a partir do momento que a missão foi dada, tem que tentar fazer da melhor maneira possível. Eu já conhecia bem o elenco, porque vínhamos treinar com frequência com o sub-20 aqui.
PERSONALIDADE
- Eu sempre tento manter a tranquilidade. Temos que tomar decisões difíceis o tempo todo, com pouco tempo para assimilar tudo. Por mais que você tente controlar tudo, o jogo tem muitas variáveis. Eu tento estar o mais tranquilo para tomar as melhores decisões. O futebol te tira tranquilidade em vários momentos, é uma pressão muito grande, tanto na base quanto no profissional são decisões que podem acarretar muita coisa. O jogo te tira do sério, mas tento ser o mais lúcido com os atletas.
COBRANÇA EM JOGADORES DA BASE X COBRANÇA AOS MAIS EXPERIENTES
- A relação com os atletas de base é muito tranquila e, conforme você vai construindo sua carreira, os títulos, as vitórias facilitam muito também. Aqui no profissional está sendo novo. Por mais que eu acredite que eu sou o treinador, a gente tem que ganhar o respeito de uma forma diferente. Para mim está sendo mais fácil agora, porque já construímos uma relação de verdade. O que falo, eu faço. Hoje me sinto tranquilo, tenho controle do grupo e eles acreditam no que eu falo. A crítica é sempre construtiva, troco mais ideias com eles porque eles têm experiência para isso. Às vezes na base não tem essa troca, porque eles não têm experiência.
PEDRINHO E FELIPE
- É um privilégio ter ex-jogadores com a história que eles têm no futebol brasileiro e, principalmente, no Vasco. São pessoas do bem e que querem o bem do Vasco, são torcedores, têm uma história gigante. Nos tratamos com muito respeito, acredito muito no que eles acreditam, que é fazer um jogo propositivo, em busca do gol, aguerrido, usando atletas da base. Para mim facilitou demais porque é como acredito que deve ser o futebol. Aprendo com eles todos os dias, são pessoas de fácil acesso, de lidar no dia a dia. Eles têm agregado demais à minha carreira.
VEGETTI COMO CAPITÃO
- A gente tem várias lideranças no grupo, as lideranças técnicas e de gestão do grupo. Maicon, Léo, Vegetti, Léo Jardim… Temos jogadores com experiência, como chegou agora o Souza também. Temos várias lideranças que nos ajudam muito no dia a dia. Eles fazem isso naturalmente sem precisar ter a braçadeira de capitão. A braçadeira é uma formalidade para o jogo, e achei que transferi-la para o Vegetti seria importante tanto para ele quanto para o grupo dividir essa liderança em campo.
- Quando precisamos tomar decisões e não queremos envolver todo mundo, a gente busca as lideranças que representam o grupo. Vegetti é um jogador sanguíneo, é do jogo, do vestiário, ele gosta muito disso também. Mas para mim o mais importante é o que a gente constrói no dia a dia, temos pessoas com representatividade grande.
VEGETTI JOGA DOMINGO?
- Temos mais duas sessões de treinos para tomar essa decisão. Ele não está 100% fisicamente, porque tivemos uma sequência dura. Ele está sentindo um incômodo, vamos colocar tudo isso em discussão para tomar a melhor decisão. Vou deixar essa decisão para mais perto da viagem. Ele é um jogador fundamental, mas se ele não for vamos dar oportunidade a outros jogadores. O Vegetti quer jogar todos os jogos e participar de todos os treinos, mas temos jogos importantes pela frente e, se ele não jogar esse, vai ajudar muito nos próximos.
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