Luís Castro, do Botafogo, confirma proposta do Al-Nassr e revela data para definir o seu futuro
Treinador concede entrevista coletiva para imprensa depois do empate do Glorioso na fase de grupos da Sul-Americana
Depois do empate entre Botafogo e Magallanes por 1 a 1 na Sul-Americana, Luís Castro concedeu uma entrevista coletiva para imprensa. O treinador não anunciou a saída, mas confirmou a proposta do Al-Nassr, da Arábia Saudita, e afirmou que terá uma reunião nesta sexta-feira (30) para tomar uma decisão.
- Na terça passada, tive uma reunião com John Textor. Nós falamos sobre aquilo que era o momento do clube, comentamos sobre a vitória em cima do Palmeiras e sobre o interesse do Al-Nassr em mim. Nós decidimos então voltar a ter uma reunião com o meu agente. O meu advogado soube da proposta. Eu só vou tomar uma posição depois da reunião com meu agente amanhã (sexta-feira, 30). Depois disso, eu digo alguma coisa. É isso que eu posso dizer neste momento - declarou Luís Castro.
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Ao longo da entrevista, Luís Castro comentou sobre o conceito de "família" e afirmou que, mesmo se sair do Botafogo, as relações e afetos permanecem no clube.
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- O conceito de família não depende de uma pessoa. Não é preciso estar junto para se amar. Se eu decidir sair amanhã, sei que o conceito de família fica instalado. Eu não sou importante só agora. Nós já éramos importantes - declarou Luís Castro.
- O Botafogo é muito maior do que as pessoas e não será mais maltratado. O Botafogo merece respeito de todos. Nós travamos grandes batalhas. O Botafogo é um clube respeitado dentro e fora do Brasil. Amanhã vai haver uma reunião. Nós não somos hipócritas. Fizemos um trabalho sério, honesto e digno. O Botafogo vai continuar se eu sair. O Botafogo não depende de ninguém, só do seu prestígio e da sua história - finalizou.
Na coletiva, Castro fez um balanço do seu trabalho no clube até agora para mostrar que fez o que podia para o projeto. Segundo ele, o clube hoje tem melhores condições do que quando chegou.
- Minha vinda para cá foi para reorganizar o clube, para formarmos um elenco competitivo, lutar por algo maior, era um clube que estava vindo da Série B, com vários problemas, não tínhamos campo de treino, um estádio com gramado problemático e colocamos mãos à obra. Conseguimos um lugar para treinarmos, fomos até o Lonier e hoje conseguimos vestiários para todos os lugares, abandonamos compartimentos de dois, três blocos, hoje temos refeitórios. Felizmente hoje temos um estádio renovado, com melhores condições, temos um elenco que continua na Sul-Americana, que está em primeiro lugar no Brasileirão e me deixa muito feliz. Todos foram muito importantes - disse Castro, que chegou a brincar após pergunta se sua situação teria influenciando na atuação do time no empate com o Magallanes.
- Qualquer dia vão dizer que o Real (Madrid) não ganhou a Champions porque a CBF estava interessada no Ancelotti. Só falta dizer isso (risos).
Luís Castro está com 15 meses de trabalho no Glorioso. Sob comando do treinador, o time atuou em 81 partidas, sendo 42 vitórias, 14 empates e 25 derrotas.