‘Perda irreparável’ e segurança para comissão técnica: Rotenberg lamenta morte de Espinosa
VP Geral e Marketing e membro do Comitê Executivo de Futebol falou sobre a relação de Valdir com o restante do clube e expressou a tristeza pela perda
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O Botafogo e o futebol perderam uma grande figura nesta quinta-feira. Valdir Espinosa faleceu por problemas respiratórios após uma operação no estômago. No velório do ex-dirigente e técnico do Glorioso no no salão nobre de General Severiano, sede do clube, Ricardo Rotenberg, vice-presidente geral e de marketing, além de membro do Comitê Executivo de Futebol, lamentou a "perda irreparável" do amigo Espinosa.
- Foi muito importante para todos os botafoguenses por tudo que ele representou e por todo o sentimento que ele manteve durante esse tempo. Depois de 31 anos do título de 89 o Valdir ainda falava com enorme carinho do sentimento que ele tem do Botafogo. É uma perda irreparável para nós. Perdemos um companheiro, um amigo e fará muito falta no dia a dia. Ele estava muito bem, estava muito antenado com futebol, com os jogadores, observando os atletas em campo, tinha uma habilidade muito grande de convencimento - disse.
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Espinosa ocupava a função de gerente técnico atualmente, mas foi marcante na história do clube de General Severiano como treinador. Em 1989, foi o responsável por tirar o Botafogo de uma fila de 21 sem títulos com a conquista do Campeonato Carioca sobre o Flamengo. Desde então, passou a ser idolatrado pela torcida do Alvinegro. O clube decretou luto oficial de três dias.
- A presença do Espinosa na comissão técnica dava muita segurança para qualquer técnico que viesse porque ele passava o trabalho sério que estava sendo feito. Era quase um trabalho de transição para a Botafogo S/A, que vai ser construída ainda esse ano se Deus quiser. O Valdir tinha isso: passava competência, conhecimento de futebol e identificação com o clube. Sempre importante ter pessoas comprometidas nas suas raízes. O Valdir era botafoguense aqui e Imortal lá no Sul, ele tinha muito orgulho desses amores e conseguia dividir o coração direitinho - afirmou, antes de completar.
- Nunca procurou fazer sombra aos técnicos. Nem ao Alberto Valentim muito menos ao Paulo Autuori. Era muito gratificante para nós ter o Autuori, nosso campeão de 95, de um lado, e o Espinosa, campeão de 89, do outro - falou.
Espinosa havia se licenciado do cargo de gerente de futebol do Botafogo para fazer uma cirurgia e vinha com o quadro de saúde complicado, mas estável, há alguns dias.
- Nós sabíamos que a operação que ele ia fazer era delicada. Imaginamos que o resultado da biópsia seria ruim, mas acreditamos na recuperação dele. Ele não veio a falecer na operação da doença em si, foi no pós-operatório. Muita tristeza, era muito jovem, 72 anos hoje é muito jovem mesmo, poderia estar conosco por mais 20 anos. É mais um botafoguense que vai estar iluminando o céu fazendo companhia a tantos outros botafoguenses anônimos e famosos que hoje veem o Botafogo de cima - completou.
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