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Especial 95: Túlio relembra título recheado de provocações e confiança

Dia marcante para o Botafogo: conquista do Brasileirão de 1995 completa 20 anos nesta quinta-feira e ídolo alvinegro conta suas memórias em entrevista exclusiva ao LANCE!

Botafogo - Especial título 95
imagem cameraCom a companheira inseparável na mão direita e a taça na esquerda, Túlio celebra façanha gloriosa (Foto: Arquivo L!)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 14/12/2015
12:14
Atualizado em 16/12/2015
20:26

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Dezessete de dezembro de 1995. Final da 24ª edição do Campeonato Brasileiro assim batizado. Numa decisão 100% alvinegra, apenas um quebraria o tabu de jamais ter vencido o torneio disputado desde 1971. Determinados a fazerem história, os jogadores do Botafogo conheciam bem as armas para superar a pressão de 28 mil santistas no Pacaembu. Se Marcelo Passos arriscasse um chute de longe, Wagner estaria lá para segurar firme. Se Robert tentasse lançamento na área para Jamelli, Wilson Gottardo cortaria o perigo. E, caso Sérgio Manoel cobrasse uma falta cruzada e ninguém aproveitasse, um certo camisa 7 executaria o trabalho de colocar a bola na rede.

De acordo com um famoso narrador, "Túlio não perdoa, marca". E foi justamente ele quem abriu a contagem naquele domingo. Nada fora do roteiro, tendo em vista que tratava-se do artilheiro da competição, com 23 gols.

- O meu lema naquele ano era o seguinte: "Com Túlio em campo, não tem placar em branco". Então, era certeza de vitórias, de gols. Todo mundo jogando em minha função, e deu certo. Um time que não tinha vaidade, solidário e, principalmente, contando com a minha estrela e o meu oportunismo - descreve aquele que ganhou o apelido de "Maravilha".

GALERIA ESPECIAL: RELEMBRE A CONQUISTA DE 1995 EM IMAGENS


O gol de Túlio não foi o único daquele dia. Marcelo Passos, a 1 minuto da segunda etapa, deixou tudo igual no placar. Resultado insuficiente para mudar o destino do troféu. Os santistas reclamam até hoje da arbitragem daquele jogo, mas o ex-atacante do Glorioso não liga para isso.

- (A questão da arbitragem) Não atrapalha (o brilho do título), porque até hoje, depois de tantos anos, há lances escandalosos piores. Gol de mão, de pênalti que não foi, pênalti que era para ser marcado e não foi marcado... E isso tudo já influenciou as campanhas de outros campeões. Naquele dia, um tinha que vencer, e foi o Botafogo. Estava escrito que era para vencer naquele ano - diz.


PROVOCAÇÕES DO SANTOS MOTIVARAM RUMO AO TÍTULO


Antes de encarar o Botafogo, o Santos havia conseguido uma reviravolta histórica contra o Fluminense. Depois de sofrer 4 a 1 no Rio de Janeiro, o Alvinegro Praiano aplicou 5 a 2 no Tricolor, em seus domínios, garantindo-se na finalíssima. A euforia paulista pós-classificação, de certa forma, acabou passando um recado para os jogadores do Glorioso.

- A gente via nas entrevistas, a hora em que eles pintaram o cabelo... Eles estavam muito confiantes, mas ninguém é campeão de véspera. Aquilo tudo deu ainda mais forças para chegarmos lá, mordermos a grama e dar a volta olímpica - lembra Túlio.

Túlio não era só fazedor de gols. Sabia lidar com as palavras e também cutucar os rivais. E essa soma entre qualidade e autoconfiança sempre dava certo.

- Eu confiava muito em mim, por isso provocava. Tinha certeza absoluta de que iria ser não só artilheiro, mas, principalmente, campeão brasileiro - explica.

De fato, Túlio cumpriu as duas vertentes da profecia. Como resultado, entrou para a lista de ídolos do Botafogo de Futebol e Regatas.

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