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Sob a batuta de Honda, Botafogo faz ‘jogo de segurança’ na Copa do Brasil

Apesar de pressão no Vasco nos minutos finais, Alvinegro não foi ameaçado em boa parte da partida; japonês lidera equipe e é o destaque da classificação às oitavas

Keisuke Honda - Botafogo
Honda em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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Keisuke Honda foi uma parte fundamental para a classificação do Botafogo na Copa do Brasil. Na semana passada, começou a jogada que resultou no gol de Matheus Babi. Na última quarta-feira, a importância ainda aumentou: no 0 a 0 disputado em São Januário, o camisa 4 foi a liderança do Alvinegro e o expoente técnico da equipe de Paulo Autuori.

Como de praxe, iniciou o jogo na primeira linha de meio-campo, ao lado de Caio Alexandre. Diante do espaçado meio-campo do Vasco, teve espaço para conduzir a bola e chegar ao terço final com frequência. O camisa 4 era o responsável por fazer o combate a Andrey e Benítez, expoentes criativos do Vasco, e, ao mesmo tempo, fazer o jogo do Botafogo rodar.

Uma atuação presente nas duas metades do campo. Todo o jogo do Botafogo passava por Honda, que chamou a responsabilidade e fez uma das melhores atuações desde que chegou ao Brasil. O japonês, mesmo com o brilho, não foi o único expoente positivo: apesar de uma pressão nos minutos finais em busca da vitória, o Vasco pouco assustou o Alvinegro.

Isto se deu porque Martín Benítez não dominou a bola sem, pelo menos, a presença de dois marcadores por perto. O camisa 10 iniciou a partida mais voltado ao lado esquerdo do ataque. Logo quando tinha a posse, Caio Alexandre e Kevin - ou até mesmo Marcelo Benevenuto - se aproximavam do argentino. Sem espaço, a bola não chegou a Germán Cano.

O Botafogo "cortou a raiz" do Vasco, que até melhorou com as mudanças realizadas no intervalo. Vinícius - um dos que entrou na etapa complementar -, contudo, produziu lances de perigo apenas a partir de iniciativas individuais. O conjunto cruz-maltino não se completou e a atuação do Botafogo em termos defensivos tem muito a ver com isto.

Ofensivamente, contudo, o Botafogo deixou a desejar. Bruno Nazário e Matheus Babi, fundamentais no jogo de ida, tiveram atuação apagada. O camisa 10, diante do desespero do Vasco em buscar um gol, até teve espaço para avançar e cortar em diagonal, mas pecou em finalizações e passes na entrada da área. 

Tudo em termos ofensivos é mais complexo e tem a ver com frescor e qualidade dos jogadores. Como é mais complexo, precisa trabalhar e a gente não trabalha. É só no papo. Quando eu falo nós, não digo nós Botafogo, mas sim jogadores e treinadores dos clubes. E as pessoas querem jogar. Tem pessoas que já foram jogadores praticantes e não tem a menor noção, neste momento, daquilo que é esse esforço terrível que se faz - analisou Paulo Autuori, após a partida.

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