Turner trata como ‘fora de cogitação’ parceria com Globo pelo Brasileirão
Vice-presidente de esportes da América Latina da empresa, Fábio Medeiros, falou sobre os planos para o Brasileirão, problemas com a concorrência e as mudanças nos canais de TV
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O risco de algumas partidas do Campeonato Brasileiro ficarem no "escuro" - devido a falta de acordo entre Esporte Interativo e Globo - parece não mudar o planejamento da Turner. O vice-presidente de esportes da América Latina da empresa, Fábio Medeiros, concedeu entrevista ao "UOL Esporte" e falou sobre os planos para o Brasileirão, problemas com a concorrência e as mudanças nos canais de TV. Confira algumas respostas!
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É possível acordo de parceria ou co-cessão de direitos para que os jogos sejam exibidos pelos canais dos dois grupos?
- Isso hoje está fora de cogitação.
O estilo da Liga dos Campeões, quase como uma gritaria, vai seguir no Brasileirão?
- Esse não tem muito como mudar. É a parte mais difícil. Transformar a vida das pessoas através da emoção do esporte é o que nos faz acordar todo dia. Esse é o nosso DNA e o grande responsável pelo sucesso do nosso engajamento. Fazemos desse jeito pois de fato acreditamos que aquilo muda a vida das pessoas, nem que seja por 10 segundos. Não vamos agradar todo mundo nunca. Mas quando olhamos os resultados, toda semana quebramos o recorde de audiência na Champions League, parece que tem bastante gente concordando conosco. Então não tem como mudar.
O fato de a Turner ter pagado um valor extra ao Palmeiras na assinatura do contrato causou desconforto. Até domingo estará tudo resolvido?
- As conversas com os clubes estão indo bem. São detalhes finais. A gente nunca teve nenhuma preocupação com contrato. Sempre cumprimos tudo como tinha que ser. Agora chegando mais próximo da competição naturalmente estamos sentando com todos eles, até porque a gente não quer ser apenas os donos dos direitos. Queremos ser parceiros deles. Pretendemos fazer até acima do que está no papel.
- Iremos realizar um road tour pelos clubes para explicar a dinâmica de redes sociais, como o digital pode ajudá-los e uma série de iniciativas que não têm a ver com os contratos, desde sócio torcedor a como eles conseguem gerar mais receita. Quando tiramos os canais do ar eles demoraram um pouco para entender o que estava se passando. Com isso reagiram de uma maneira um pouco confusa. Não sabiam o que estava acontecendo, onde os jogos seriam transmitidos. Mas a gente sabia que com um pouco de calma e chegando mais perto do campeonato chegaríamos a um acordo com todo mundo. É o que estamos buscando.
A marca Esporte Interativo pode ser descontinuada pela Turner. Isso acontecerá?
- Sempre pode acontecer de tudo. Mas não tem nenhum plano agora. A gente hoje, até por ter uma função não só Brasil, olha para a América Latina como um todo. A estratégia está sendo decidida. Com todo o apego que eu possa ter pelo EI tenho que pensar profissionalmente no que for melhor para a empresa e no que faz mais sentido para essa marca ou para uma nova que possa surgir. O assunto não está em pauta, mas se a gente achar que por algum motivo tenha que mudar, vamos analisar. Durante esses anos de EI algumas vezes pensamos em mudar a marca. Talvez uma coisa mais moderna, mais curta. Mas tudo será analisado profissionalmente e ao seu tempo.
André Henning afirmou que, em caso de Palmeiras e Corinthians chegarem empatados em pontos na última rodada, ele torceria para o arquirrival do time do coração para ter a chance de narrar seu primeiro título brasileiro. Você vai torcer para os times da Turner no Brasileirão?
- A gente faz a Champions e eu particularmente não gosto do Barcelona. Mas torço por ele porque tem muita gente que gosta e quer ver os jogos dele. Infelizmente o CR7 saiu da Champions e para mim foi ruim por duas razões: uma porque eu sou muito fã dele e outra porque muita gente não vai mais vê-lo em ação. Naturalmente você torce para esses caras pois seu produto vai ficar mais atrativo e nossos jogos vão ter mais apelo e audiência. O Palmeiras ter sido campeão brasileiro foi muito importante pra gente. Começamos o ano transmitindo o jogo do campeão da Série A com o campeão da Série B, o Fortaleza. Você vai trabalhando com o futebol e aprende a separar a parte pessoal da profissional. Eu vou para estádio tomar chuva para ver meu time disputando vaga na Série D. Mas claro que estamos olhando para o produto que a gente tem e torcendo para que os nossos clubes tenham mais destaque para podermos ter mais audiência e visibilidade.
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