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CAMPO NEUTRO: Vítor Pereira desce, PSG implode, Fernando Diniz sobe

Colunista do LANCE!, José Inácio Werneck fala sobre situações dos treinadores de Flamengo e Fluminense e do clube de Paris

Montagem Diniz, Messi e Vitor Pereira
imagem cameraDiniz, Messi e Vítor Pereira: protagonistas da coluna Campo Neutro (MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE FC; Divulgação; FRANCK FIFE / AFP)
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Lance!
Avon (EUA)
Dia 09/03/2023
19:49
Atualizado em 09/03/2023
20:30

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“O futebol e uma caixinha de surpresas”, dizia Benjamin Wright, comentarista de futebol nos anos 50 no Brasil, pai do árbitro José Roberto Wright. No caso de Vítor Pereira, o criticado técnico do Flamengo, chegamos ao ponto em que não se pode mais dizer que uma nova derrota do time venha a ser propriamente uma surpresa. Não sei se ele será demitido, mas que a diretoria do Flamengo já está fazendo contas, não tenho dúvidas.

O Ninho do Urubu está em crise, como está em crise o Parque dos Príncipes, em Paris, do conturbado PSG, time dos potentados do Oriente Médio. Neymar está afastado por lesão, mais uma vez, e mais uma vez o Paris Saint-Germain dá adeus a seu sonho de, enfim, conquistar o título da Champions League. Até quando durará a paciência dos diretores do Flamengo? Até onde irá a dos donos do Qatar Sports Investments?

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Desde que a turma do Qatar tomou conta do clube, o PSG já investiu um bilhão e oitocentos milhões de dólares em jogadores. Há países em que o Produto Nacional Bruto não chega a tanto. Não faço ideia da situação financeira do Flamengo, sei apenas que é de envergadura bem menor do que a do PSG. Mas, considerações financeiras à parte, a aflição dos torcedores e dos dirigentes é a mesma. Como o Flamengo, o PSG trocou um alentado número de técnicos nos últimos tempos. O atual é Christophe Galtier. Assim como Vítor Pereira, corre o risco de ser defenestrado a qualquer momento.

Por tudo isto, achei curioso verificar na imprensa internacional, a começar pelo New York Times, que o técnico do Fluminense, Fernando Diniz, que ainda ontem dirigiu a vitória de seu time contra o Flamengo de Vítor Pereira, vem sendo apontado como um “inovador” de sistemas. Segundo jornais americanos, ingleses, franceses e alemães, ele criou algo chamado “estilo aposicional”.

Basicamente, um sistema sem posições definidas, que favorece a posse de bola. Será que isto é mesmo uma inovação no futebol? Afinal, Rinus Michels, no Ajax do fim da década de 60, já tinha criado o sistema de “Total Football” que a imprensa brasileira, na Copa de 1974, ao vê-lo praticado pela Seleção da Holanda, batizou de “Laranja Mecânica”. E Pep Guardiola levou a posse de bola, o tiki-taka, ao seu mais alto nível quando dirigiu o Barcelona. Mas é interessante ver que, ao menos temporariamente, um técnico brasileiro é tratado com algum respeito pela imprensa mundial.

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